A paternidade e maternidade não serão
realidades asfixiantes ao ponto de serem usurpadores da individualidade
de cada filho, pessoa chamada a auto-construir-se com os outros.
A realidade familiar da acolhida e da educação
dos filhos se abrirá progressivamente a uma descoberta
do dom da vida dos filhos, chamados a atingir gradativamente
uma autonomia própria. Os pais e educadores serão
como jardineiros (oferecerão as condições)
e os filhos são tais como as plantas (que crescerão
a partir das próprias raízes, tronco, galhos
e folhas) e que a seu tempo deverão produzir seus frutos.
"Os humanos, como as plantas, crescem no solo da aceitação,
não na atmosfera da rejeição".Os
pais não substituem os filhos, os quais não
são uma continuação em chave de dependência
parasitária. O "eu" de cada filho não
pode confundir-se com o "tu" do pai e com o "tu"
da mãe. A identidade não pode ser distorcida
ou confundida na auto-construção. Porém,
o processo educativo não descartará, mas se
fundamentará na busca de apresentar valores e princípios
que ajudem os filhos a serem livres, responsáveis,
de modo que eles abram-se ao dom da fé e a ele correspondam
com convicções brotadas de uma experiência
pessoal com Deus.
(Texto dividido em 4 partes para melhor compreensão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário