sábado, 6 de agosto de 2011

Família: Igreja Doméstica - "Homem e mulher Ele os criou"

"E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou" (Gn 1,27). Nos planos do Criador, esta realidade de família se construirá positivamente quando o homem e a mulher assumirem consciente e responsavelmente os próprios papéis.

A mulher é chamada a ser capaz de acolher, acompanhar, perceber e escutar, dotada de delicadeza e fantasia, levada a ser materna, acolhedora do invisível e do essencial, intuitiva e sensível.

O homem, por sua vez, torna-se capaz de projetar, executar, decidir, defender, proteger paternalmente, de plasmar e criar prevalentemente para a sociedade. A maturidade masculina se manifesta na fantasia produtiva e na força volitiva. E estas duas realidades são chamadas a integrar-se num dinamismo próprio de quem ama, reconhecendo no outro não alguém vago e distante, mas um "tu" próximo, referencial enriquecedor.

Nesse sentido, a capacidade de relacionamentos sólidos e duradouros não pode se limitar ao conhecimento superficial e à prática de relações tão somente funcionais, mas envolve sobretudo relacionamentos amigáveis, abertos a uma positiva capacidade de intimidade, afinidade, familiaridade e afetuosidade. A sexualidade, enquanto realidade ampla, dialogal, a serviço da comunhão e da vida, é algo que descarta fechamentos egoístas e manipulações desumanizadoras e paganizantes.

A produtividade leva as pessoas a trabalharem de modo criativo e profícuo, a realizar e organizar algo de novo, a não repetir mecanicamente o que outros já fizeram. Dessa maneira, a diversidade humana e complementar da masculinidade e da feminilidade se dispõem a fazer um uso responsável e coerente dos talentos recebidos, valorizando-os e fazendo-os multiplicar (cf. Mt 25,14-30). 
(Texto divido em 4 partes para melhor compreenção)

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