"E Deus criou o homem à sua imagem,
à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os
criou" (Gn 1,27). Nos planos do Criador, esta realidade
de família se construirá positivamente quando
o homem e a mulher assumirem consciente e responsavelmente
os próprios papéis.
A mulher é chamada a ser capaz de
acolher, acompanhar, perceber e escutar, dotada de delicadeza
e fantasia, levada a ser materna, acolhedora do invisível
e do essencial, intuitiva e sensível.
O homem, por sua vez, torna-se capaz de projetar,
executar, decidir, defender, proteger paternalmente, de plasmar
e criar prevalentemente para a sociedade. A maturidade masculina
se manifesta na fantasia produtiva e na força volitiva.
E estas duas realidades são chamadas a integrar-se
num dinamismo próprio de quem ama, reconhecendo no
outro não alguém vago e distante, mas um "tu"
próximo, referencial enriquecedor.
Nesse sentido, a capacidade de relacionamentos
sólidos e duradouros não pode se limitar ao
conhecimento superficial e à prática de relações
tão somente funcionais, mas envolve sobretudo relacionamentos
amigáveis, abertos a uma positiva capacidade de intimidade,
afinidade, familiaridade e afetuosidade. A sexualidade, enquanto
realidade ampla, dialogal, a serviço da comunhão
e da vida, é algo que descarta fechamentos egoístas
e manipulações desumanizadoras e paganizantes.
A produtividade leva as pessoas a trabalharem
de modo criativo e profícuo, a realizar e organizar
algo de novo, a não repetir mecanicamente o que outros
já fizeram. Dessa maneira, a diversidade humana e complementar
da masculinidade e da feminilidade se dispõem a fazer
um uso responsável e coerente dos talentos recebidos,
valorizando-os e fazendo-os multiplicar (cf. Mt 25,14-30).
(Texto divido em 4 partes para melhor compreenção)
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