quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A face da terra seria renovada, SE CADA UM DE NÓS VIVESSE A MISSÃO A NÓS CONFIADA







"Jesus enviou em missão..." (Mateus 10,5)










A palavra "missão" designa uma incumbência, uma tarefa a ser realizada. Nós, cristãos, cremos que Deus, além de nos dar a vida, nos chamou a uma missão específica.

         Em nossos dias, nos confessinonários ou nas direções espirituais, uma das perguntas mais frequentes é: "O que Deus quer de mim?".

         Essa pergunta demonstra uma preocupação em realizar a vontade de Deus, porém, também manifesta a dificuldade que temos de ouvi-lo e, consequentemente, de atendermos ao seu chamado.

          A Igreja, neste mês missionário, nos convoca a pararmos um pouco e, em oração, refletirmos sobre o andamento de nossa vida.
Qual missão que recebemos de Deus? Como procuramos viver em consagração a Ele e a sua vontade?

                 
                  Seja Deus a nossa força.


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Pe. Luis Erlin,cmf
Revista Ave Maria
 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

26 de outubro - Santo Evaristo


No atual Anuário dos Papas encontramos Evaristo em pleno comando da Igreja católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era o início da era cristã, portanto é muito compreensível que haja tão poucos dados sobre ele.
Enquanto do anterior, papa Clemente, temos muitos registros, até de próprio punho, como a célebre carta endereçada aos cristãos de Corinto, do papa Evaristo nada temos escrito por ele mesmo, as poucas informações vieram de Irineu e Eusébio, dois ilustres e expressivos santos venerados no mundo católico.

Naqueles tempos, o título de "papa" era dado a toda e qualquer autoridade religiosa, passando a designar o chefe maior da Igreja somente no século VI. Por essa razão as informações, às vezes, se contradizem. Mas santo Eusébio mostra-se muito firme e seguro ao relatar Evaristo como um grego vindo da Antioquia.


Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais promoveu três ordenações, consagrando dezessete sacerdotes, nove diáconos e quinze bispos, destinados a diferentes paróquias.


Foi de sua autoria a divisão de Roma em vinte e cinco dioceses, a criação do primeiro Colégio dos Cardeais. Parece que também foi ele que instituiu o casamento em público, com a presença do sacerdote.


Papa Evaristo morreu em 105. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Trajano, e que depois seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro. Embora a fonte não seja precisa, assim sua morte foi oficialmente registrada no Livro dos Papas, em Roma.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Fiéis à missão recebida

Durante a nossa vida devemos servir a Deus com toda a humildade, sendo firmes nas provações que enfrentaremos pelo Seu Reino, nunca deixando de falar e fazer aquilo que seja bom para os outros, ensinando-lhes a fazerem sempre o bem. Empenhemo-nos pela conversão das pessoas, de modo que creiam em Jesus e O aceitem como Senhor.
Com plena confiança, deixemos que o Espírito Santo conduza nossa história, preparando-nos e fortalecendo-nos para suportarmos as tribulações próprias da nossa missão como batizados. Esvaziemo-nos de nós mesmos, oferecendo-nos livremente para que a vontade de Deus se realize em nossa vida e cumpramos a tarefa que Ele a nós confiou, de testemunharmos a Boa Nova da Sua graça.
Busquemos com dedicação fazer tudo que nos cabe para a salvação dos irmãos, anunciando-lhes o plano de Deus a seu respeito, de maneira que cheguemos ao fim de nossa jornada com a consciência tranquila.
Acreditemos na verdade consoladora de que no decorrer de toda a nossa história Deus cuida de nós, dando-nos as graças necessárias para cumprirmos os Seus desígnios de amor e alcançarmos um dia a morada eterna que Ele preparou para nós, levando conosco muitos irmãos através da nossa evangelização.
Sejamos verdadeiros imitadores de Cristo, glorificando o Pai com a nossa vida, a Ele ofertada para que todos conheçam o Seu amor infinito. Vivamos cada hora da nossa existência segundo a determinação de Deus, realizando a obra que Ele nos confiou. Que as nossas atitudes testemunhem que somos filhos de Deus, enviados por Ele ao mundo como Seus mensageiros. Unidos a Jesus, permaneçamos em comunhão com o Pai, fazendo em tudo a Sua vontade, de modo a intercedermos pelos irmãos, para que não se deixem perder pelas coisas deste mundo, mas, ao nosso lado, alcancem um dia a felicidade eterna reservada para todos nós.
Peçamos a Jesus que, pela ação do Espírito Santo, nos dê um coração fiel como o d’Ele, para que, como os santos apóstolos, cumpramos a missão recebida no nosso batismo. Invoquemos o auxílio de Nossa Senhora, de modo que, seguindo o seu exemplo, entreguemos inteiramente a nossa vida nas mãos de Deus, deixando que Ele também faça de nós instrumentos de salvação.
O abandono confiante na vontade do Pai, na docilidade ao Espírito do Senhor, é a única maneira de reproduzirmos em nós a Sua vida, sendo portadores da alegria eterna para muitos. Para isto, tenhamos um coração orante, de forma que a missão de Cristo se encarne em nós, como aconteceu na vida dos Seus apóstolos.

(cf. Atos 20,17-27;Salmo 67,10-11.20-21; João 17,1-11a)  
Que Deus lhe abençoe e Maria lhe guarde!

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Antônio de Pádua Costa de Almeida - 07/Junho/2011
                           Imitadores de Cristo

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Anunciar o Evangelho é a primeira missão da Igreja


O Santo Padre Bento XVI saudou da janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro:
Queridos irmãos e irmãs,

Este primeiro domingo de outubro nos oferece motivos de oração e reflexão: a memória da Beata Virgem Maria do Rosário, que acontece exatamente hoje, e o compromisso missionário, cujo mês é dedicado de modo especial. A imagem tradicional de Nossa Senhora do Rosário representa Maria que, com um braço sustenta Jesus Menino e com o outro apóia a coroa de Domingos. Esta significativa iconografia mostra que o Rosário é um meio doado pela Virgem para contemplar Jesus e, meditando sua vida, amá-lo e segui-lo sempre mais fielmente.

É a entrega que Nossa Senhora deixou também em diversas aparições. Penso, especialmente, àquela de Fátima que aconteceu há 90 anos. Aos 3 pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, apresentando-se como "Nossa Senhora do Rosário", recomendou com insistência que recitassem o rosário todos os dias, para obter o fim da guerra. Nós também queremos acolher o pedido materno da Virgem, comprometendo-nos a recitar com fé o Rosário pela paz nas famílias, nas nações e no mundo inteiro.

Saibamos, todavia, que a verdadeira paz se difunde lá onde os homens e as instituições se abrem ao Evangelho. O mês de outubro nos ajuda a recordar esta fundamental verdade mediante uma especial animação que tende a manter vivo o ardor missionário em cada comunidade e sustentar o trabalho de muitos – sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos – que operam nas fronteiras da missão da Igreja.

Com especial cuidado nos preparemos para celebrar, no próximo dia 21 de outubro, a jornada Missionária Mundial, que terá como tema: "Todas as Igrejas para todo o mundo".

O anúncio do Evangelho continua sendo o primeiro serviço que a Igreja deve à humanidade, para oferecer a salvação de Cristo ao homem do nosso tempo, em tantas formas humilhado e oprimido, e para orientar no sentido cristão as transformações culturais, socais e éticas que estão em ato no mundo.

Este ano, um motivo a mais nos impele a um renovado compromisso missionário: os 50 anos da Encíclica Fidei Donum do Servo de Deus Pio XII, que promoveu e encorajou a cooperação entre as Igrejas para a missão ad gentes.

Gostaria de lembrar também que há 150 anos partiram para a África, precisamente para o atual Sudão, cinco padres e um leigo do Instituto de Padre Mazza de Verona. Entre eles estava São Daniel Comboni, futuro Bispo da África central e patrono daquelas populações, cuja memória litúrgica acontece no próximo dia 10 de outubro.

À intercessão deste pioneiro do Evangelho e dos numerosos outros Santos e Beatos missionários, particularmente à materna proteção da Rainha do Santo Rosário confiamos todos missionários e missionárias. Nos ajude Maria a recordar-nos que cada cristão é chamado a ser anunciador do Evangelho com a palavra e com a vida.

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Tradução:
Canção Nova

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A vocação missionária da Igreja

A Igreja encontra a vocação e razão de existir no testemunhar e anunciar a Jesus a todos os povos. Toda e cada Igreja tem ineludível vocação missionária.
Chegou para Igreja da América Latina, até então objeto de missão, a hora de inverter o movimento e assumir a vocação missionária. Alguns dados estatísticos reforçam esse apelo. Quase metade dos católicos do mundo concentram-se no nosso Continente e ele contribui com só 1,5% do pessoal missionário. Os católicos perfazem atualmente no mundo o índice de 18%. 2/3 não são cristãos. Se olharmos para a Ásia, que agrupa mais da metade da população mundial, mas com somente 2,5% de católicos, a situação se mostra ainda mais interpelante.
A responsabilidade missionária da América Latina vem tanto por exigência da própria vocação eclesial quanto por imposição dos fatos que nos fazem, na expressão de João Paulo II, "o Continente da esperança missionária".
A nossa história de colonização fez-se à custa da escravidão dos africanos. Como dizia Vieira, “não há Brasil, sem Angola”. Temos, portanto, especial responsabilidade em relação à África. A América Latina sente-se devedora e culpada em relação ao Continente negro pelos milhões de filhos seus trazidos como escravos. Agora quer devolver em fé e libertação, o que roubara em escravidão. Tal fator histórico e ético sobreleva ao simples fato estatístico.
Nesse espírito, aceitei ir passar quase um mês em Moçambique na consciência de que restituía pequena migalha do que recebemos daquele Continente. Pude ver coisas lindas. O país estava a sair de quase 30 anos de guerra e sofrimentos. Os missionários permaneceram, com enorme heroísmo, firmes em seus lugares no meio a todos os perigos da guerra. Vi também um povo que vive da esperança. Apesar de tanto sofrimento, senti, especialmente no Norte, as pessoas muito acolhedoras. Quando nós as saudávamos pelas estradas ou ruas, abriam-nos amplo sorriso de acolhida. Encontram ainda energias para festejar, bailar, cantar.
Os desafios missionários revelam-se grandes, desde a doença da malária, que continua atingindo maciçamente os habitantes, e a extrema pobreza até o encontro com tradições culturais e línguas muito diferentes. A língua portuguesa funciona no mundo do asfalto e letrado. Mas o povo fala línguas regionais. Sem conhecê-las o missionário fica muito limitado. E o fato de aprender a língua significa para o moçambicano que o missionário não vem nem está lá com outros interesses que os do evangelho. O dominador não aprende a língua do dominado.
Em Moçambique abre-se para a Igreja do Brasil amplo campo missionário. Mas não pensemos que vamos somente dar, ensinar, ajudar. Certamente nos enriqueceremos com este contacto. Temos muito que aprender desse povo. Descobriremos intensa vida na Igreja moçambicana, sobejo heroísmo em seus fiéis, ardente zelo, vitalidade nas comunidades, liturgias lindas e longas, sem a sofreguidão de tempo, generosa entrega por parte dos missionários, real santidade escondida e que nunca será proclamada nos altares, mas não menos verdadeira e autêntica.
Por sua vez, o cristianismo tem maravilhosa tarefa de proclamar a libertação a este povo sofrido, oprimido e agora submetido às políticas escorchantes do FMI e do Banco Mundial. Além disso, pelo que ouvi, nas religiões tradicionais impera terrível medo dos espíritos, das exigências pesadas dos feiticeiros e existem elementos necessitantes da presença libertadora de Cristo. Onde estejamos, participemos na oração, na ajuda material e espiritual, no compromisso, vivendo a vocação batismal missionária. 
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João Batista Libânio é teólogo jesuíta. Licenciado em Teologia em Frankfurt (Alemanha) e doutorado pela Universidade Gregoriana (Roma). É professor da FAJE (Faculdades Jesuítas), em Belo Horizonte. Publicou mais de noventa livros entre os de autoria própria (36) e em colaboração (56), e centenas de artigos em revistas nacionais e estrangeiras. Internacionalmente reconhecido como um dos teólogos da Libertação.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Campanha Missionária 2011

“Missão na Ecologia”. É com este tema que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam a Campanha Missionária 2011. A temática, como todos os anos, está diretamente ligada ao tema da Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que este ano é “Fraternidade e a Vida no Planeta”.



Assim como a CF-2011, a Campanha Missionária é um sinal da preocupação com a preservação do meio ambiente e conscientização ecológica. A CM, no entanto, alarga os horizontes para todo o mundo, por ser este o objetivo principal das Pontifícias Obras Missionárias.


Como extensão da Campanha da Fraternidade, cabe à Campanha Missionária dar uma ênfase maior à dimensão missionária; logo, todo o seu material se volta para a universalidade da missão.

O cartaz, representa a retirada de tudo àquilo que não corresponde à preservação do meio ambiente. Os personagens do cartaz são missionários que têm consciência da sua responsabilidade para fazer do planeta a verdadeira morada para todos os seus habitantes. Deve ser fixado nos murais e ou lugares que facilitem a visualização.


Já o Envelope, tem por objetivo arrecadar nos dias 22 e 23 de outubro as coletas em favor das missões universais nas comunidades, paróquias e instituições católicas. Devem ser distribuídos entre os dias que antecedem o Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de outubro) ou quando os grupos se reunirem ou ainda nas celebrações domésticas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Outubro, mês das missões


 
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.

Não se abre uma rosa apertando-se o botão”, escreveu alguém.  É um pensamento muito próprio para uma reflexão sobre a vocação missionária do cristão para o mês que se avizinha: o mês de outubro, dedicado às missões. Jesus disse ao enviar os apóstolos para anunciar o ano da graça: “Eis que vos enviou como carneiros em meio a lobos vorazes” (Cf. Mt. 10,16). E, quando, mal recebidos em uma cidade, João e Tiago pretendiam mandar o fogo dos céus sobre aquele povo, mas Jesus os repreendeu “Não sabeis de que espírito sois. (Cf. Lc. 9,55).

A primeira atitude do missionário deve ser a mansidão. O anúncio da Boa Nova é um anúncio de paz. O texto do profeta Isaias lido por Jesus na sinagoga de Nazaré (Cf. Lc. 4,16-22)) e a si próprio aplicado, diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, eis porque me ungiu e mandou-me evangelizar os pobres, sarar os de coração contrito, anunciar o ano da graça”(Cf. Is. 61, 1-4)

E, logo a seguir, no Sermão da Montanha, revirando todos os princípios e conceitos que o pecado instilara nos corações dos homens, da sociedade e da cultura, declara bem aventurados os mansos, os misericordiosos e os que promovem a paz(Cf. Mt. 5)

A violência e a agressividade afastam os corações. Não é a toa que Santa Terezinha foi declarada padroeira das missões, ela que jamais transpôs as grades de seu convento e, partindo deste mundo aos vinte quatro anos, podia prometer que dos céus enviaria uma chuva de rosas sobre a terra. São Francisco de Sales, igualmente ensinava que se apanham mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de vinagre.

Quanta paciência e compreensão mostraram os santos missionários de todos os tempos na inculturação da fé em corações duros e arraigados numa cultura pagã totalmente diversa dos caminhos cristãos. Davam tempo ao tempo, como o semeador aguarda com paciência o tempo da colheita.

Ainda no Evangelho lido na liturgia de dias atrás, diante da crítica dos fariseus, Jesus amorosamente acolhe a pecadora pública e lhe perdoa os pecados, e não reprime com exasperação o pecado dos “puros de todos os tempos”, mas os leva à conversão chamando-os ao amor.(Cf. Lc. 7, 36-50)  Assim também em outro episódio, uma ceia junto a publicanos e pecadores, o Mestre disse aos que o criticavam: “Não são os que tem saúde  que precisam de médico, mas os doentes. Ide aprendei o que significa: prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Cf. Mt.9, 10-14).

O plano salvífico de Deus não é imposto. Como na criação Deus respeitou a vontade do homem que optou pelo pecado, assim também o respeita na opção que ele faz diante da oferta da salvação. “Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”, diz Santo Agostinho.

O cristão que tem, pelo batismo, a vocação missionária, a missão de anunciar a Boa Nova, tem de ter, ele próprio, um coração semelhante ao de Cristo, manso e humilde, como pedimos na jaculatória, “fazei nosso coração semelhante ao vosso”.

Paulo VI, na Evangelii nuntiandi exorta: “A obra da evangelização pressupõe um amor fraterno, sempre crescente, para com aqueles a quem ele (o missionário) evangeliza.” (nº 79) e cita São Paulo aos Tessalonicenses (2Tes. 8) como programa.

Refere-se ainda, exemplificativamente, a outros sinais de afeição que o missionário tem de ter em relação ao evangelizando: o respeito pela situação religiosa e espiritual das pessoas a quem se evangeliza; a preocupação de se não ferir o outro sobretudo  se ele é débil em sua fé e um esforço para não transmitir dúvidas ou incertezas  nascidas de uma erudição não assimiladas.

O missionário, ao levar a Boa Nova a um mundo angustiado e sem esperança ou cuja esperança se esgota com o último suspiro, não pode se apresentar triste e descorçoado, impaciente ou ansioso, mas deve manifestar uma vida irradiante de fervor e da alegria de Cristo.

Nesse espírito o missionário, sem tergiversar sobre sua fé e sobre a mensagem, abra sua voz para “propor aos homens a verdade evangélica e a salvação em Cristo,com absoluta clareza e com todo o respeito pela opções livres que a consciência dos ouvintes fará” (E.N 80). Lembre-se “não se abre uma rosa apertando-se o botão”.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Oração de São Francisco

 
Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém

4 de Outubro - São Francisco de Assis

 
Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis, na Umbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Não seguiu a profissão do pai, embora este o desejasse. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava.

Mas mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe, mantendo-se casto.

Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época.

A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte Alverne com tanta fé que em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo.

Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador da ordem dos Frades Menores, seus seguidores ainda são respeitados e imitados.

Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo.

Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou. São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália. Numa terra tão profundamente católica como a Itália, não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco de Assis, que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro.
Na região nordeste do Brasil São Francisco de Assis é mais conhecido como São Francisco das Chagas.

Assim, nada mais adequado ter ele sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente e da ecologia. Por isso que no dia de sua festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o "Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais". Mas poderia ser, mesmo, o Dia da Caridade e de tantos outros atributos. A data de sua morte foi, ao mesmo tempo, a do nascimento de uma nova consciência mundial de paz, a ser partilhada com a solidariedade total entre os seres humanos de boa vontade, numa convivência respeitosa com a natureza.