A respeito de São José, encontramos poucos dados nos Evangelhos, como também “os
sagrados evangelistas nos dizem poucas coisas da Virgem, mas
compendiaram todas suas glórias em um só título ao chamá-la Mãe de Deus —
de quem nasceu Jesus. Do mesmo modo, pouco nos contam da vida e
virtudes de São José, mas disseram muito ao chamar-lhe Esposo da Virgem.
Como se dissessem: ‘Quereis que vos diga em uma palavra quem era José?
Ei-la aqui: Era o esposo de Maria, a Mãe de Deus’. Nesta afirmação se
encerram louvores quase infinitos”.
Para
avaliarmos essa grandeza, consideremos que Deus, ao escolher alguém
para uma missão, dá-lhe graças proporcionais para realizá-la. Além do
que, quanto mais alguém se aproxima da fonte da graça, tanto mais dela
participa. Ora, São José esteve intimamente ligado à própria fonte,
Jesus Cristo, e à Medianeira de todas as graças, Maria Santíssima. Daí
sua grandeza.
Por outro lado, a missão e
predestinação de São José, como a da Virgem Maria, requeriam uma
santidade singular desde seus primeiros anos: “Considerada a missão
totalmente divina de José, o Deus providente lhe concedeu todas as
graças, desde sua infância: piedade, virgindade, prudência, perfeita
fidelidade”.
Segundo o comum dos teólogos,
dois são os princípios nos quais se apóia toda a teologia sobre São
José: primeiro, sua união com Maria pelo matrimônio; segundo, seu
ministério paternal junto de Jesus Cristo. Ora, toda a mariologia se
apóia em um princípio fundamental: Maria é a mãe de Deus-Redentor. Este é
o título, fonte e raiz, fim e medida de todas as graças e privilégios
de Maria Santíssima. De modo semelhante, a teologia tem a respeito de
São José um fundamento primeiro e principal: o casamento que o liga a
Maria, a Mãe de Cristo.
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