A palavra “católico”
significa “universal”. Ao longo do primeiro e segundo séculos os
seguidores de Jesus Cristo começaram a ser reconhecidos como “cristãos” e
“católicos”. Ser católico já significava “ser plenamente cristão”. O
Catolicismo, portanto, é o Cristianismo na sua “totalidade”. É a forma mais
completa de obedecer ao mandato do Mestre antes de sua volta para o Pai. O
mesmo mandato pode ser lido no Evangelho de Marcos 16,15: “Ide e pregai o
Evangelho a toda criatura”. Isso é ser católico: totalmente discípulo,
totalmente missionário, totalmente cristão!
São Cirilo de Jerusalém
(315-386), bispo e doutor da Igreja, dizia: “A Igreja é católica porque está
espalhada por todo o mundo; ensina em plenitude toda a doutrina que a
humanidade deve conhecer; conduz toda a humanidade à obediência religiosa; é a
cura universal para o pecado e possui todas as virtudes” (“Catechesis” 18:23).
Veja que já estão bem
claros os dois sentidos de “católico” como “universal e ortodoxo”. Durante mil
anos os dois significados estiveram unidos. Mas por volta do ano 1000 aconteceu
um grande cisma, que dividiu a Igreja em “Ocidental e Oriental”. A Igreja do
Ocidente continuou a ser denominada “católica” e a Igreja do Oriente adotou o
adjetivo de “ortodoxa”. Na raiz as duas palavras remetem ao significado original
de Igreja: “autêntica”.
A Igreja é Una, Santa,
Católica e Apostólica. A Igreja é una, pois tem um só Senhor, professa uma só
fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito,
em vista de uma única esperança, no fim da qual serão superadas todas as
divisões.
A Igreja é, aos olhos
da fé, santa, ou seja, não é perfeita, mas santa. Pois Cristo, Filho de Deus,
que com o Pai e o Espírito Santo, amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se
entregou com o fim de santificá-la. A Igreja, unida a Cristo, é santificada por
ele; por Ele e nele torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja
tendem à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus.
A Igreja é apostólica
por ser fundada sobre os Apóstolos. O Senhor dotou sua comunidade de uma
estrutura que permanecerá até a plena consumação do Reino. Ele escolheu Doze
Apóstolos, tendo Pedro como chefe. Eles são as pedras de fundação (“alicerce”)
da Igreja de Cristo. Nos Apóstolos, continua a missão de Jesus: “Como o Pai me enviou, eu também vos envio”
(Jo 20,21).
O que garante a
originalidade e autenticidade da Igreja Católica e sua continuidade até hoje é
a sucessão apostólica, desde os primeiros Apóstolos escolhidos diretamente por
Jesus. Isso, além de ser um fato divino, é um fato histórico e inegável.
Jesus garantiu aos
Apóstolos que ouvi-los é ouvir a Ele mesmo e ao Pai. Um dia disse-lhes: “Quem vos ouve, a Mim vos ouve, e quem vos
rejeita a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita aquele que Me enviou” (Lc
10,16).
Quem já viu a
claridade, o brilho da luz é muito difícil que queira permanecer nas trevas.
Jesus é a luz da vida.
A explicação da
resistência do testemunho dos mártires se dá nesta luz, luz da vida, pois só se
faz uma opção pela vida quando se conhece Jesus. O próprio Jesus em nome do Pai
nos dá o primeiro testemunho: “Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da
verdade, e todo aquele que está com a verdade ouve a minha voz”. Por esta razão
Cristo entrega a própria vida, e ainda alerta os seus discípulos que a
conseqüência de tudo isso seria a perseguição e a morte.
Jesus foi enviado para
anunciar o reino do Pai, e sabia que teria a morte como consequencia e todo
aquele que o seguir terá o mesmo fim. Pois a sociedade da época não soube
compreender a mensagem. E ainda hoje após mais de dois mil anos muitos de nós
ainda não compreendemos.
O que acontece com o
ouro puro, é o mesmo que acontece com a Igreja; quando o ouro passa pelo fogo
ele não fica ruim, ao contrario ele aumenta o seu esplendor o seu valor o
desejo das pessoas de possuí-lo. Nem a contrariedade, nem a perseguição por
causa do reino devem nos dar medo, mas devem ser motivo de esperança e,
inclusive nos dar alegria.
Dar a vida por Cristo
não é perde-la, é ganha-la para toda a eternidade. Jesus pede-nos, para nos
humilharmos totalmente por fidelidade ao Evangelho, Ele quer que, livremente,
demos-lhe a nossa existência toda. Toda a nossa vida. Seguir, imitar, viver a
vida da graça, em fim, permanecer em Deus é o objetivo da vida cristã. É
preciso perder a vida para encontrá-la.
Quantos morreram em
nome da fé? Quantos mártires regaram o solo da Igreja com o seu sangue pela
causa de Cristo, mostrando-nos a importância de sermos cristãos.
E você que esta lendo este "post", está pronto para abraçar
esta causa?
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