Os cristãos não habitam cidades à parte, não
empregam idioma diverso dos outros (...). Moram na própria pátria, mas como
peregrinos. Enquanto cidadãos, de tudo participam, porém tudo suportam como
estrangeiros. Toda terra estranha é pátria para eles e toda pátria, terra
estranha. (...) Os cristãos residem no mundo, mas não são do mundo. (...) São
eles que seguram o cosmos (A Carta a Diogneto, n. 1-7).
À noite, no dia da sua
ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos, "soprou sobre eles e
disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo". Com força ainda maior, o
Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos no dia do Pentecostes:
"Subitamente ressoou, vindo do Céu um som comparável ao som de uma forte
rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram, então,
aparecer umas línguas à maneira de fogo, que se iam dividindo, e pousou sobre
cada um deles"
O Espírito Santo
renovou interiormente os Apóstolos, revestindo-os de uma força que os tornou
audazes para anunciar sem medo: "Cristo morreu e ressuscitou!".
Livres de todo o temor, eles começaram a falar com franqueza. De pescadores
amedrontados, tornaram-se corajosos anunciadores do Evangelho. Nem sequer os
seus inimigos conseguiam compreender como homens "iletrados e
plebeus" eram capazes de manifestar uma coragem como esta e suportar as
contrariedades, os sofrimentos e as perseguições com alegria. Nada podia
detê-los. Àqueles que procuravam reduzi-los ao silêncio, respondiam:
"Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar publicamente o que vimos e
ouvimos". Assim nasceu a Igreja, que a partir do dia do Pentecostes não
cessou de irradiar a Boa Nova "até aos confins do mundo".
Pontos
constantes na Igreja Primitiva:
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Os
primeiros cristãos viviam unidos e tinham tudo em comum; vendiam suas
propriedades e os seus bens e dividiam-nos entre todos, conforme as
necessidades de cada um. Freqüentavam o templo assiduamente e louvavam a Deus
com alegria. Cativavam a simpatia de todo o povo. (cfr. At 2, 42-47)
Apesar de não serem
aceitos pelas autoridades, os primeiros cristãos encontraram grande aceitação
no meio do povo, especialmente entre os pobres. A pregação dos apóstolos e
acima de tudo, a vida que eles apresentavam, testemunhando as próprias
palavras, ia atraindo cada vez mais pessoas para o cristianismo.
O crescimento das
primeiras comunidades cristãs criou conflito entre a sociedade antiga (romana)
e a nova sociedade cristã, dando origem às grandes perseguições.
As pregações e o modo
de ser dos primeiros cristãos incomodavam as autoridades, pois repudiavam as
injustiças e opressões para com os menos favorecidos. Eles denunciavam e
enfrentavam os governantes da época em relação às coisas que iam contra aos
princípios deixados por Cristo. Por isso, os cristãos passaram a ser
violentamente perseguidos, fazendo com que muitos deles se refugiassem em
outras regiões. Isso, ao invés de enfraquecer a Igreja, fez com que ela
crescesse e se expandisse para além da Palestina. Os cristãos, mesmos após
fugirem, não abandonaram os ensinamentos recebidos dos Apóstolos, passando a
anunciar a “Boa Nova” do Evangelho nos lugares onde foram habitar.
Principais
causas da expansão do Cristianismo no início da Igreja:
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