“A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras
como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando
jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar
e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da
palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo”.
(Constituição Dogmática Dei Verbum nº 21)
A palavra grega Bíblia deriva do grego bíblos ou bíblion (Bíbylov) que significa “rolo” ou “livro”. São ao todo setenta e três os livros bíblicos considerados canônicos pela Igreja Católica Apostólica Romana, sendo 46 livros do Antigo Testamento e 27 do Novo. O cânon da Bíblia Católica contém 7 livros a mais no Antigo Testamento comparativamente com as Bíblias usadas pelas religiões cristãs não católicas e pelo Judaísmo.
Os diversos livros que compõem as Sagradas Escrituras foram escritos basicamente em três idiomas diferentes: o hebraico, o grego e o aramaico. Com exceção dos livros denominados deuterocanônicos (Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus,
Sabedoria, Eclesiástico (Ben Sirac ou Sirácida) e Baruc, todo o Primeiro Testamento foi escrito em hebraico (hebraico consonantal). Existem ainda adições aos livros de Ester e Daniel, e a alguns capítulos do livro de Daniel, os quais originalmente
foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento.
Calcula-se que a Septuaginta (ou tradução dos Setenta), a primeira tradução da Bíblia, foi feita entre 200 a 300 anos antes de Cristo, esta tradução realizada pelos chamados setenta sábios, visava, principalmente, atender os judeus que viviam fora dos territórios do antigo Israel e que não compreendiam mais a língua hebraica.
Segundo os estudiosos, a formação da Bíblia situa-se no período histórico compreendido entre 1100 a.C. ou 1200 a.C. a 100 d.C, sendo considerado o Cântico de Débora, que se encontra no livro
dos Juizes (Jz, 5), o mais antigo escrito bíblico. A parte mais antiga da Bíblia, no início, foi transmitida oralmente nas reuniões que havia nos santuários, prevalecendo neste tempo, os relatos dos acontecimentos do deserto do Sinai, da aliança de Deus com o povo. Mas, o interesse manifestado pelos jovens em conhecer o que havia acontecido antes disto, levou à composição das histórias dos
Patriarcas e ainda a história da criação do mundo. Podendo-se dizer que estes relatos são um retrospecto didático histórico feito a partir do Cântico de Débora.
(Texto dividido em três partes para melhor compreensão)
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