Epifania conforme o Catecismo é a manifestação, a aparição, o revelar-se de Deus aos homens. O curioso da Revelação/Manifestação, que é Jesus, é que ela não é transmitida a partir de qualquer relato bíblico do Natal de Jesus como o de Lucas 2, mas da visita dos Três Reis Magos.
Então, por que este relato específico de Mt 2, 1-12, da Visita dos 3 Reis Magos é quem “melhor” recorda a Epifania do Senhor?
Primeiro, precisamos conhecer os três Reis Magos.
A tradição os chama de Baltazar, Melquior e Gaspar. Dizem que um é branco, o outro, cor de jambo; o outro rei é negro.
Eles eram magos, no sentido de astrólogos e astrônomos (não havia separação destas disciplinas), o que quer dizer que não eram judeus, e sim pagãos, mas também que tinham os céus como sua fonte de saber e de verdade. Por isso, perceberam um sinal no céu, uma nova estrela que pairava constante sobre a Terra, acreditaram na profecia judaica de que o menino-Deus, “Rei dos Judeus”, haveria de nascer e foram ao seu encontro.
Também a forma como a tradição os descreve pela cor de sua pele, caracteriza-os como pertencentes a diferentes povos ou nações do Oriente. Assim, os Três Reis Magos representam todas as nações e todos os povos da Terra são igualmente convidados à Salvação (Cf.: Ef 3, 5s).
As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor! (Sl 71/72)
É fato que a Salvação foi, historicamente, primeiro ofertada aos
judeus pelo Pai Abraão (Cf.: Gn 12), porém, não restrita a estes. Dessa
maneira, o texto bíblico mostra que a Salvação que é o próprio Jesus
(seu nome significa ‘Deus Salva’) veio para todos, todas as pessoas, povos ou nações, inclusive independente de seu tempo.Com isto, renova-se, hoje, o papel da Evangelização da Igreja e de seus fiéis: ser estrela-guia para que todas as pessoas conheçam a pureza de Deus e percebam que Ele nasce em nossos corações, transforma-nos e nos salva.
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