É no coração da humanidade que somos
chamados a viver missionariamente o nosso batismo, pois dificilmente
encontraremos outro caminho para viver este sacramento, a não ser pelas
estradas missionárias, que nos levam a participar de maneira profunda e
explícita da natureza da Igreja. Pois a Igreja é por natureza
missionária.
Desde 1926, com a instituição do Dia
Mundial das Missões pelo papa Pio XI, intensificou-se em toda a Igreja, e
em todas as Igrejas particulares, o apelo de renovar e direcionar o
próprio ardor e vida missionária para além das próprias fronteiras, em
dimensão universal. A V Conferência do CELAM, realizada em
Aparecida, fez um apelo forte, no sentido de que toda Igreja, todos os
batizados, se tornem discípulos missionários de Jesus Cristo.
O papa Bento, em sua passagem por São Paulo, Aparecida, falou que são muitos os batizados, mas nem todos são evangelizados.
É mediante realidade como esta que
devemos permitir que cresça em nós cada vez mais a consciência
missionária. Neste sentido Dom Pedro Casaldáliga numa poesia orante,
diz: “se sou batizado, sou missionário, se não sou missionário, não sou
cristão”.
A tarefa missionária se abre sempre às
comunidades, assim como ocorreu em Pentecostes, diz o DAp 171, daí a
grande importância da nossa participação na vida da comunidade, na
caminhada da paróquia. A V Conferência Geral se considerou uma
oportunidade para que todas as nossas paróquias se tornem missionárias
DAp 173, se tornem centros de irradiação missionária, lugares de
formação permanente (306) e fonte dinâmica do discipulado missionário
DAp 172.
Hoje quando nos deparamos com a
pergunta, qual o porquê de um mês missionário, iremos perceber que muito
a Igreja já fez neste sentido, mas ainda tem muito mais para ser
construído, pois novos desafios exigem novas respostas. Assim sendo, a
vivência da missão vai bem além de um mês missionário, perpassa toda a
vida da Igreja.
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