quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Valor do Tempo



Temos consciência de que a vida é breve, e para isso não é necessário chegar a uma idade em que, como dizia alguém, já só resta reconhecer: "O meu futuro agora está atrás de mim". A vida vai-se e o tempo que passa é irrecuperável. Quem pode armazenar um sopro de brisa numa tarde abafada de verão? Passou; não volta.

Esta realidade em idade nenhuma é deprimente, sobretudo para quem assume a fé como um valor vital. É, antes, um estímulo: precisamente por ser irrepetível, convida a viver o momento presente em plenitude, porque, bem vistas as coisas, o instante que passa é um pedaço de eternidade que se antecipa para bem ou para mal, conforme exerçamos a liberdade correta ou indevidamente.


Há os que fazem da liberdade um álibi para se ocuparem em tudo, menos naquilo que devem naquele momento. Entretêm-se com pretextos de todo o gênero, esquecidos de que o valor de um homem se mede pelo valor do seu hoje e agora. Uma das mais claras manifestações de imaturidade é trocar aquilo que se deve fazer por aquilo que custa menos ou agrada mais – o adiamento indefinido, com muita mordacidade e pouca justiça na generalização, dizia o escritor Paulo Mendes Campos:


"Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro do mundo. Brasileiro até demais! Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito e a capacidade de adiar [...]. O brasileiro adia; logo existe."


Em contrapartida, o cristão percebe que está em jogo algo muito sério – nada menos que a correspondência à graça, afirmava São Josemaria Escrivá: "Sempre pensei que muitos chamam 'amanhã', 'depois', uma resistência à graça", porque o tempo da graça é agora. No instante que passa, Deus nos espera com Suas luzes e com Seu auxílio, em reforço da nossa vontade débil.


Houve quem qualificasse de "sacramento" o dever do momento presente. E assim é, de algum modo, o que agora me cabe fazer, se realmente o faço, como que cristaliza, materializa a graça divina. A pontualidade é veículo da ação de Deus, ponto de aplicação da força de Deus.


E por isso é fonte de alegria. Não pode deixar de ser alegre o encontro da vontade atual do homem com a vontade eterna de Deus. É como se, naquele momento, comungássemos o agora, no cumprimento do dever em comunhão espiritual.


Nessa fidelidade, ao dever do momento, não há, pois, motivo para resmungos, caras feias, má-vontade, cansaço ou tédio. E se, por vezes, essa pontualidade custa uma lágrima, a lágrima torna-se sorriso. Aparece o rosto de Deus, infinitamente amável e consolador.


Portanto, uma vida natural e sobrenaturalmente em ordem, discorre e se estrutura segundo o querer de Deus. A virtude da ordem, implantada serena, mas firmemente, dia após dia, com as lutas e os corretivos necessários, representa o heroísmo que se esconde no carisma do homem que vê, na sua ordem, o grande instrumento da ação de Deus.


Francisco José de Almeida
Catequese Católica
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ano da Fé

Em meio às incertezas trazidas pela cultura pós-moderna, Sua Santidade, o Papa Bento XVI, decidiu proclamar um “Ano da Fé”. Começará no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e aniversário de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013.

Mas qual é o sentido do Ano da Fé? A fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada? Em um mundo cheio de misérias, fome, guerras, onde Deus parece não ter lugar e nem vez, não seria uma alienação proclamar um Ano da Fé? Para que serve a fé? Esses e outros interrogantes são propostos aos cristãos.


"Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a nov
idade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afetos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que atua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de ação, que muda toda a vida do homem." nos ensina Bento XVI na Carta Apostólica Porta Fidei:


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

São Francisco de Assis



Em nossa paróquia tivemos a graça de celebrar a vida de Francisco de Assis na Comunidade de Pedras. Foram nove noites de louvor e oração, onde a partipação do povo era motivo de muita alegria ao coração de Deus.





Neste dia de São Francisco Frei Jailson Cordeiro escreve assim:
São Francisco è o santo conhecido como figura seminal, homem do milênio, protagonista da experiência cosmogenica, antropogenica, eclesiogenica e planetária.
O santo católico que mais deixou sinal de matriz evangélica no seio das religiões milenárias. Conquistou o papado principalmente o papa Inocêncio III conhecido como o papa mais poderoso de toda historia da Igreja. O que mais inspirou na igreja contemporânea fundações de congregações e institutos de vida consagrada. Foi declarado pelo ONU como Homem do Milênio. É conhecido no mundo como patrono da ecologia, ou seja, protetor de todos os biomas universais. De galanteador e poeta medieval passou a ser o vero trovador e arauto da paz. Tocou o coração de diversos ateus que não resistindo ao seu testemunho se debruaram em calhamaços de livros em sua homenagem. filho de burgueses, tornou-se pobre por amor ao reino. E segundo Boff: "Francisco não è mais só um santo católico, ele è um patrimônio da humanidade”.





quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Outubro - Mês Missionário

No decorrer do ano litúrgico, a Igreja nos convida a rezarmos e refletirmos sobre diversas realidades, de modo que para cada mês sempre tem algo específico, como por exemplo, o mês de maio, a quem dedicamos? A Maria, junho? (santos populares; Agosto? (vocação) setembro? (Bíblia) e outubro? Mês missionário! É isso mesmo, o mês de outubro é o mês das Missões. Nele queremos refletir com especial enfoque no nosso compromisso de discípulos missionários (as) até os confins do mundo. 
É no coração da humanidade que somos chamados a viver missionariamente o nosso batismo, pois dificilmente encontraremos outro caminho para viver este sacramento, a não ser pelas estradas missionárias, que nos levam a participar de maneira profunda e explícita da natureza da Igreja. Pois a Igreja é por natureza missionária.
Desde 1926, com a instituição do Dia Mundial das Missões pelo papa Pio XI, intensificou-se em toda a Igreja, e em todas as Igrejas particulares, o apelo de renovar e direcionar o próprio ardor e vida missionária para além das próprias fronteiras, em dimensão universal. A V Conferência do CELAM, realizada em Aparecida, fez um apelo forte, no sentido de que toda Igreja, todos os batizados, se tornem discípulos missionários de Jesus Cristo.
O papa Bento, em sua passagem por São Paulo, Aparecida, falou que são muitos os batizados, mas nem todos são evangelizados.
É mediante realidade como esta que devemos permitir que cresça em nós cada vez mais a consciência missionária. Neste sentido Dom Pedro Casaldáliga numa poesia orante, diz: “se sou batizado, sou missionário, se não sou missionário, não sou cristão”.
A tarefa missionária se abre sempre às comunidades, assim como ocorreu em Pentecostes, diz o DAp 171, daí a grande importância da nossa participação na vida da comunidade, na caminhada da paróquia. A V Conferência Geral se considerou uma oportunidade para que todas as nossas paróquias se tornem missionárias DAp 173, se tornem centros de irradiação missionária, lugares de formação permanente (306) e fonte dinâmica do discipulado missionário DAp 172.
Hoje quando nos deparamos com a pergunta, qual o porquê de um mês missionário, iremos perceber que muito a Igreja já fez neste sentido, mas ainda tem muito mais para ser construído, pois novos desafios exigem novas respostas. Assim sendo, a vivência da missão vai bem além de um mês missionário, perpassa toda a vida da Igreja.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Espírito Santo que está a agir...

 “...o Espírito Santo vem em nosso auxílio e começa a rezar em nós de uma forma nova, colocando palavras novas, gemidos inefáveis”, diz São Paulo.


Mensagem envida por Nayara Cristina aos participantes do Seminário de Vida no Espirito Santo.

Deus nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo para que sejamos santos e sem defeitos diante dele no amor...
Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, conforme a benevolencia de sua vontade, durante o Seminário de Vida, para o louvor e gloria, derramou abundantemente sobre nós por meio de seu filho querido, bençãos!
Nesse retiro fomos fomos libertos e nele nossas faltas foram perdoadas, conforme a riqueza de sua graça. Deus derramou em nós essa graça abrindo-nos para toda sabedoria e inteligencia e nos fez conhecer o mistério de sua vontade.
A livre decisão que tomamos neste final de semana, nos fez ouvir a palavra da verdade, o evangelho que nos salva, e em Cristo acreditamos e fomos marcados com o selo do Espirito Santo, que é a garantia da nossa herança, enquanto esperamos a completa libertação do povo que Deus adquiriu para o louvor da sua gloria.
Como foi maravilhoso esse momento com Deus onde todos tiveram o fortalecimento de seus dons.