Maksymilian Maria Kolbe (8 de Janeiro de 1894 – 14 de Agosto de
1941), nascido em Zdunska Wola, como Rajmund Kolbe, foi um frade
franciscano da Polónia que se voluntariou para morrer de fome em lugar
de um pai de família no campo de concentração nazi de Auschwitz, como
castigo pela fuga de um prisioneiro. É venerado pela Igreja.
Filho de uma família de operários profundamente religiosos, que
lhe deram pouco conforto material, mas proporcionaram-lhe um ambiente de
fé e acolhida da vontade de Deus.
Aos 13 anos, entrou no seminário dos Frades Menores Conventuais
e, emitindo sua profissão religiosa, recebeu o nome de Maximiliano
Maria. Concluindo os estudos preliminares, foi enviado a Roma para obter
doutorado em filosofia e teologia.
Em 1917, movido por um incondicional amor a Maria, fundou o
movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. A milícia seria
uma ferramenta nas mãos da Medianeira Imaculada para a conversão e
santificação de muitos. No ano seguinte, 1918, foi ordenado sacerdote e
voltou à sua pátria, onde foi designado para lecionar no Seminário
Franciscano, em Cracóvia. Então, organizou o primeiro grupo da milícia
fora da Itália.
Durante a Segunda Guerra Mundial deu abrigo a muitos refugiados,
incluindo cerca de 2000 judeus. Em 17 de Fevereiro de 1941 é preso pela
Gestap e transferido para Auschwitz em 25 de Maio como prisioneiro
#16670.
Em Julho de 1941, um homem do bunker de Kolbe foge e como
represália, os nazis enviam para uma cela isolada 10 outros prisioneiros
para morrer de fome e sede (o prisioneiro fugitivo é mais tarde
encontrado morto, afogado numa latrina).
Um dos dez lamenta-se pela família que deixa, dizendo que tinha
mulher e filhos, e Kolbe pede para tomar o seu lugar. O pedido é aceite.
Na realidade, o Padre Kolbe aceitava o martírio para praticar
heroicamente seu múnus sacerdotal, dando assistência religiosa e
ajudando a morrer virtuosamente aqueles pobres condenados. Duas semanas
depois, só quatro dos dez homens sobrevivem, incluindo Kolbe. Os nazis
decidem então executá-los com uma injeção de ácido carbólico.
O corpo de Maximiliano Kolbe foi cremado e suas cinzas atiradas
ao vento. Numa carta, quase prevendo seu fim, escrevera: “Quero ser
reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”.
Ao final da Guerra, começou um movimento pela beatificação do
Frei Maximiliano Maria Kolbe, que ocorreu em 17 de outubro de 1971, pelo
Papa Paulo VI.
Em 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, homem cujo lugar
tomou e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz, São Maximiliano foi
canonizado pelo Papa João Paulo II, como mártir da caridade.
Em Julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de
Kolbe em frente à Abadia de Westminster em Londres, como parte de um
conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.
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