quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Crianças recebem sua Primeira Comunhão na Matriz de São José

No dia 25 de dezembro na celebração solene da Divina Liturgia, 32 crianças de nossa comunidade paroquial, fizeram a experiência dos discípulos de Emaús e iniciaram sua vida eucarística. Sem dúvida, aprendendo a partilhar e comungar do Pão, alimento para a caminhada, num constante clamor: “Fica conosco Senhor.”
Pois como, “a Palavra, a Comunidade e a Celebração foram importantes para que os primeiros discípulos
reconhecessem Jesus como centro de sua vida, também são fundamentais para os cristãos de hoje. A vida dos primeiros discípulos mudou a partir do encontro com Jesus de Nazaré e seu mistério. Eles o seguiram nos caminhos da Palavra e dos sinais do Reino. Recriados pela fé na vitória da ressurreição e animados pelo dom do Espírito, tornaram-se para sempre participantes da sua vida, membros do seu corpo, celebrantes do seu mistério, testemunhas do seu Reino.” (cf. Estudos da CNBB – 97 pg 45 nº 69).
Nesse sentido, continuemos incentivando nossas crianças com a nossa participação na Divina Liturgia e atividades pastorais: “Ser cristão não é uma carga, mas um dom: Deus Pai nos abençoou em Jesus Cristo, seu Filho, Salvador do mundo.” (DAp,n.28) E é a partir desta “Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escrituras e parte o pão” (cf. Lc 24,32.35) trajetória que podemos falar e expressar a nossa gratidão e reconhecimento a todos aqueles que no decorrer do ano, mesmo que com seus pequenos atos, através de encontros catequéticos, palavras, orações, amizades e incentivos na missão, deixaram suas marcas indeléveis.
Aos Catequistas e membros da Equipe de Apoio à Catequese, exímios educadores da fé, árduos no trabalho dispensado à missão de evangelizar e catequizar, agradecemos a todos pelo ideal, esforço e competência com que dedicam muitas horas do seu tempo na construção do Reino de Deus. O Catequista tem a consciência de que Deus lhe confiou o que mais precioso existe no mundo: o cuidado da pessoa humana.

Por isso, acreditamos que o Natal é tempo de agradecer e desejar saúde e sucesso às pessoas que fazem a diferença em nossas vidas. Formulamos votos de um Natal muito Feliz e um Ano Novo cheio de paz e prosperidade! Que a celebração natalina renove o ânimo e a coragem de prosseguir na missão evangelizadora.
















terça-feira, 18 de dezembro de 2012

JESUS CRISTO VOLTARÁ PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS

Quando rezamos o Símbolo dos Apóstolos (Credo), dizemos sobre Jesus Cristo:
"Creio ... em Jesus Cristo, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos".
Depois de estudar em temas anteriores os grandes mistérios da Encarnação e da Redenção, vamos nos deter no artigo que professa a segunda vinda de Cristo, pois Ele "há de vir a julgar os vivos e os mortos". Quando Jesus Cristo vier "em sua glória e acompanhado de todos os anjos..., serão reunidas todas as gentes, e separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas a sua direita, os cabritos, por sua vez, à sua esquerda... Estes irão ao suplício eterno; os justos, em troca, à vida eterna" (Mateus 25, 31.32. 46).
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Juízo particular e juízo final
Além do juízo particular, que acontece imediatamente depois da morte, a fé da Igreja diz que no fim do mundo será julgada toda a humanidade. Este segundo juízo será de todos e na presença de todos os homens, ao final dos tempos, e por isto é chamado de juízo final ou juízo universal.
2. Sentido do juízo final
O juízo final não mudará em nada a sentença estabelecida no juízo particular, mas servirá para que resplandeça a sabedoria e a justiça divina, para prêmio dos bons e castigo dos maus, também em relação ao corpo. Perante Cristo, que é a Verdade, será revelada definitivamente a verdade em relação a cada homem com Deus. O juízo final revelará até suas ultimas conseqüências o que cada um fez -bom ou mal- ou tenha deixado de fazer durante sua vida terrena.
3. A segunda vinda de Cristo
O juízo final acontecerá quando voltar Cristo glorioso. O Senhor Jesus, como profetizou aos Apóstolos, virá com grande poder e majestade, rodeado de todos os anjos, como Juiz supremo. Só Deus Pai conhece o dia e a hora deste acontecimento; só Ele decidirá sua chegada. Então, Deus Pai pronunciará, por meio de seu Filho Jesus Cristo, sua palavra definitiva sobre toda a História. Nós conheceremos então o sentido último de toda a obra da Criação e da Redenção. Compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a Providência de Deus terá conduzido todas as coisas a seu fim último. O juízo final revelará que a justiça de Deus triunfa sobre todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte.
4. A esperança dos "novos céus e da nova terra"
Ao final dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude, e os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma. E o universo material -o cosmos inteiro- será transformado. A Sagrada escritura chama "novos céus e nova terra" a esta renovação misteriosa, que transformará a humanidade e o mundo. Não sabemos como será, mas neste universo novo que São João chama nova Jerusalém, Deus terá sua morada entre os homens. "E enxugará toda lagrima de seus olhos, e não haverá já a morte nem existirá pranto, nem gritos, nem fadigas, porque o mundo velho passou" (Apocalipse 21,4).
5. Preparar-nos para o encontro definitivo com Deus
Quando o Concílio Vaticano II fala destas verdades tremendas, demonstra que a espera de uma terra nova "não deve debilitar, mas sim avivar, a preocupação de cultivar esta terra". E que "todos estes frutos bons de nossa natureza e de nossa diligência, depois de tê-los propagado pela terra no Espírito do Senhor e segundo seu mandato, os encontraremos depois de novo, limpos de toda a mancha, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal". Deus será então "tudo em todos" na vida eterna (cfr. Lumen Gentium, 48).
6. Propósitos de vida cristã
  • Pensar sempre que um dia, nossas ações ficarão patentes, descobertas diante de todos os homens. Procurar fazer as coisas sempre com retidão de intenção.
  • Viver sempre em estado de graça, para receber a Jesus com a alma bem disposta. 

Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte
: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução
: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Inicia-se mais um novo Ano Litúrgico

O Ano Litúrgico foi criado para que possamos acompanhar toda a vida de Jesus em ordem cronológica através das leituras bíblicas. Ele segue o anúncio do Messias, sua encarnação, seu ministério, morte e ressurreição enquanto nos conduz ao encontro da Parusia, ou seja, do Cristo Rei do Universo que retornará em sua glória para julgar os vivos e os mortos.

O significado das letras A, B e C é o seguinte:O rito romano possui um conjunto de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. A cada ano, há uma seqüência de leituras próprias, divididas em anos A, B e C.
- No ano “A” fazem-se as leituras do Evangelho de São Mateus;
-No ano “B”, as de São Marcos e
-No ano “C”, as de São Lucas.

Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.

Para se descobrir o ano em que estamos deve-se fazer o seguinte cálculo:Basta somar os algarismos do ano. O ano em que a soma dos algarismos for um número múltiplo de 3 é do ciclo C.

Exemplo: 2010 => 2+0+1+0 = 3. Três é múltiplo de três, então 2010 foi ano C. Assim, 2011 foi do ciclo A e 2012, foi do ciclo B. 2013 => 2+0+1+3 = 6 , múltiplo de 3. Viu, não tem erro! Estamos no ano C.

Mas atenção!!
O ano litúrgico inicia-se no primeiro domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e se encerra com a solenidade de Cristo Rei do Universo. É bom ficar atento, pois o Advento no mês de dezembro de 2012 já é ano litúrgico "C" e será "C" até o final de novembro de 2013 quando, no primeiro domingo do advento, se iniciará o ano "A". Não confunda isso. Pois o ano litúrgico não coincide com o ano civil.

sábado, 24 de novembro de 2012

Solenidade de Jesus Cristo Senhor e Rei do Universo



O último domingo do ano litúrgico é a festa de Cristo, Rei do Universo. Cristo reina. Interrogado por Pôncio Pilatos, Jesus diz que seu reinado não é deste mundo (evangelho). Não deve seu reinado a nenhuma instância deste mundo. Ele não é como os reis locais, no Oriente, que eram nomeados pelo Imperador de Roma; nem como o Imperador, cujo poder dependia de seus generais, os quais por sua vez dependiam do poder de... quem? de uma estrutura que se chama “este mundo”. Como hoje. Os governantes deste mundo – estabelecidos por “este mundo” – dependem de toda uma constelação de poderes, influências e trâmites escusos. Devem pactuar, conchavar, corromper. E, no fim, caem de podres. Pensam que são donos do mundo enquanto, na realidade, o mundo é dono deles.
O que são os reinos deste mundo aparece bem na 1ª leitura: quatro feras que tomam conta do mundo e se digladiam entre si. Mas então aparece uma figura com rosto humano, um “como que filho do homem”, que desce do céu, de junto de Deus, e que representa o reinado de Deus que domina as quatro feras, os reinos deste mundo. Jesus na sua pregação se autointitula “filho do homem” no sentido de ser aquele que traz esse reinado de Deus ao mundo.
O reinar de Jesus não pertence a este mundo, nem lhe é concedido por este mundo. É reinado de Deus, Deus é seu dono. Mas, embora não sendo deste mundo, este reino não está fora do mundo. Está bem dentro do mundo, mas não depende deste por uma relação de pertença, nem procura impor-se ao mundo por aqueles laços que o prenderiam: força bruta, astúcia, diplomacia, mentira... Jesus ganha o mundo para Deus pela palavra da verdade.
“Para isto eu nasci e vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18,37). Jesus é a palavra da verdade em pessoa. Nele a verdade é levada à fala. E que verdade? A verdade lógica, científica? Não. Na Bíblia, verdade significa firmeza, confiabilidade, fidelidade. Jesus é a palavra “cheia de graça e verdade” (Jo 1,14), a palavra em que o amor leal e fiel de Deus vem à tona e se dirige a nós: amor e fidelidade em palavras e atos. É Deus se manifestando. Essa “verdade”, Jesus a revela dando sua vida até o fim. Esse é o sentido desta declaração, feita três horas antes de sua morte, ao ser interrogado por Pôncio Pilatos, que não entende...
Jesus é o reino de Deus em pessoa. Não reino de opressão, mas reino de amor fiel, reino de rosto humano – o amor humano de Deus por nós, manifestado no dom da vida de Jesus, que reina desde a cruz. A opressão exercida pelos reinos deste mundo, Jesus a venceu definitivamente pela veracidade do amor fiel de Deus. Ora, quem faz existir o amor fiel de Deus no mundo de hoje somos nós. Por isso Jesus nos convida: “Quem é da verdade escuta a minha voz”.

O Roteiro Homilético é elaborado pelo Pe. Johan Konings SJ – Teólogo, doutor em exegese bíblica, Professor da FAJE. Autor do livro "Liturgia Dominical", Vozes, Petrópolis, 2003. Entre outras obras, coordenou a tradução da "Bíblia Ecumênica" – TEB e a tradução da "Bíblia Sagrada" – CNBB. Konings é Colunista do Dom Total. A produção do Roteiro Homilético é de responsabilidade direta do Pe. Jaldemir Vitório SJ, Reitor e Professor da FAJE.)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

DIOCESE DE CAMPO MAIOR REALIZA SUA XXXVI ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL



Teve inicio nesta quarta-feira, 14 de novembro, a XXXVI Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Campo Maior, com o tema “Cinco Urgências Conforme as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil 2011-2015”, a assembleia teve a assessoria da coordenação diocesana de pastoral e do bispo diocesano Dom Eduardo Zielski.
Reunidos no Centro Diocesano de Pastoral, em Campo Maior, estavam presentes todos os padres, religiosas, seminaristas, coordenadores diocesano das pastorais, movimentos e associações religiosas, e leigos representantes das paróquias, onde neste ano os convidados foram os que acompanham os trabalhos das pastorais sociais de maneira especial a Cáritas. Esta assembleia teve como intuito definir o plano pastoral que norteará as ações da Diocese para o próximo ano de 2013.
A Assembleia Diocesana de Pastoral teve seu encerramento no sábado, dia 17 de novembro.

 




terça-feira, 13 de novembro de 2012

A RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DE JESUS CRISTO AO CÉU

No Domingo de Páscoa o Senhor ressuscitou como tinha predito, aparecendo a Maria Madalena, aos Apóstolos e discípulos. Ainda que a Sagrada Escritura não o diga, porque resulta evidente, devemos supor que apareceu em primeiro lugar a sua Mãe Santíssima.
A Ressurreição de Jesus Cristo é a festa das festas, o centro ou ponto de referência de todas as celebrações. É a Páscoa do Senhor, a passagem do Senhor, o triunfo definitivo de Deus entre os homens. Depois de passar quarenta dias com seus discípulos, o Senhor subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. A Igreja celebra este acontecimento na festa da Ascensão do Senhor.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. A Páscoa é a festa mais importante do ano
A festa da Páscoa comemora o triunfo de Jesus Cristo ressuscitado. A Igreja a celebra com tanta solenidade, porque é o ponto alto da realização de nossa Redenção, a confirmação da nossa fé. Efetivamente, Jesus Cristo -com sua morte- nos livrou do pecado e nos reconciliou com Deus, e por sua ressurreição nos abriu as portas do céu. A ressurreição de Jesus é o fundamento da religião cristã, porque é o argumento principal da divindade de Cristo e da verdade de nossa fé.
2. A ressurreição de Cristo é um fato histórico
A ressurreição de Cristo consiste em que sua alma voltou a se unir ao mesmo corpo, saindo vivo e vitorioso do sepulcro, para nunca mais morrer. Ainda que o acontecimento em si não tenha sido presenciado pelos homens, este milagre é um fato histórico que muitas testemunhas puderam comprovar porque, o que antes tinha morrido, aos três dias apareceu- lhes vivo e com seu mesmo corpo, agora glorificado. Por sua vez, a ressurreição de Cristo transcende a história porque este milagre -não presenciado por homens- é objeto de nossa fé, atestado pelos anjos, por Cristo e pela Escritura, sendo a confirmação da divindade de Jesus e da verdade de sua doutrina; além disso, sua força salvífica abarca todos os homens e toda a história.
3. Jesus Cristo subiu ao céu e está sentado à direita do Pai
Esta afirmação de nossa fé significa que Jesus Cristo, transcorrido o tempo de sua vida na terra, ascendeu vivo e glorioso ao céu, onde -enquanto homem- compartilha o poder e a glória com o Pai e o Espírito Santo.
4. A Páscoa é o triunfo de Cristo
Durante a Semana Santa contemplamos grandes mistérios de amor e de dor: a quinta-feira santa está centrada no Mandamento novo de amor, na instituição da Eucaristia e do sacerdócio; a sexta-feira santa é a celebração da paixão e morte; o sábado santo é o dia da expectativa, cheia de recolhimento e esperança. Nesta impaciente espera, a Igreja celebra a ressurreição durante a noite do sábado ao domingo: a Vigília Pascal. É a "noite sacratíssima", na qual se acende o círio pascal, que simboliza a luz de Cristo; as leituras bíblicas rememoram as grandes intervenções de Deus com o homem, desde a criação até a redenção; renovam-se as promessas do batismo. O aleluia repetido três vezes, o som dos sinos e os acordes do órgão, as luzes, as flores, tudo irrompe como a vida nova de Cristo ressuscitado.
5. Jesus Cristo vive e é o fundamento da vida cristã
O círio pascal recorda que a luz do mundo é Cristo, que morreu mas ressuscitou, e vive e permanece conosco na Igreja e na Sagrada Eucaristia. Assim como Cristo, que começou com sua ressurreição uma vida nova, imortal e gloriosa, assim também nós devemos ressuscitar espiritualmente, renunciando para sempre ao pecado e amando só a Deus e ao que nos leva a Ele. A diferença fundamental que distingue A Jesus Cristo dos fundadores de outras religiões é que ninguém se proclamou Deus, Salvador do mundo e centro de todos os corações, como Ele o fez, apelando a seus milagres, sobretudo à ressurreição, como garantia de suas palavras e doutrina.
6. Cada domingo celebramos a ressurreição de Jesus Cristo
Jesus Cristo morreu na cruz na sexta-feira santa e ressuscitou no domingo da Páscoa da Ressurreição. Por isto chamamos de domingo o dia do Senhor: porque neste dia, o Senhor ressuscitou. Mas é tão grande o milagre da ressurreição que não só celebramos este dia, mas todos os domingos do ano. Cada domingo nós cristãos vamos à Missa para celebrar a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
7. Propósitos de vida cristã
  • Fazer muitas vezes ao dia, atos de fé na ressurreição de Cristo e de sua presença entre nós, especialmente na Sagrada Eucaristia.
  • Viver o domingo como a celebração da ressurreição de Jesus Cristo.

Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte
: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução
: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A PAIXÃO E MORTE DE JESUS

Entre os grandes mistérios do amor de Jesus Cristo que os Evangelhos narram, o que mais fortemente aparece é a sua Paixão, sua Morte e Ressurreição. Os evangelistas vão nos contando a traição de Judas, o julgamento iníquo ante os tribunais, a flagelação e coroação de espinhos e a sentença de morte. Com a cruz às costas, vai Jesus a caminho do Calvário, onde é despojado de suas vestes, cravado na cruz e colocado entre ladrões. Depois de três horas de grandes dores e agonia, Cristo morre. Descido da cruz e entregue a sua Mãe, puseram Jesus no sepulcro.
Por que morreu Jesus Cristo? Para nos salvar, quer dizer, para obter o perdão de nossos pecados e nos devolver a graça e a amizade com Deus, manifestando seu amor e mostrando a malícia do pecado.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Jesus Cristo é o Salvador
Depois do pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, o homem necessitava ser redimido. Deus, em seu infinito amor para com a humanidade, nos enviou seu Filho para que nos salvasse de nossos pecados. Jesus Cristo é o Filho de Deus feito homem, que nos salvou. Ele e somente Ele é o Salvador, o Redentor da humanidade.
2. Jesus Cristo oferece um sacrifício de valor infinito
Na Sagrada Escritura há uma cena comovedora: Deus pede a Abraão que sacrifique a seu único filho. Abraão obedece heroicamente e toma Isaac com um pouco de lenha, subindo a um monte para sacrifica-lo. Mas, uma vez provada a fé de Abraão, Deus não consentiu em que fosse Isaac sacrificado (Gênesis, 22,1-13).
O sacrifício de Isaac é figura da Paixão de Cristo, com a diferença de que Deus não poupou a seu próprio Filho e o entregou à morte por nós. Jesus aceitou a vontade do Pai por caridade e obediência. E como era o Filho de Deus, qualquer coisa que fizesse podia salvar-nos, porque tudo o que fazia era de valor infinito. Se quis sofrer tanto, foi para demonstrar-nos o quanto nos ama e fazer- nos compreender a gravidade do pecado.
3. O sacerdote Jesus Cristo oferece-se a si mesmo
No Antigo Testamento, os sacerdotes eram os encarregados de oferecer os sacrifícios a Deus; estes sacrifícios eram oferecidos por todo o povo: umas vezes, frutos da terra (trigo, vinho, etc..), e outras, animais. Jesus Cristo, sacerdote eterno, não ofereceu coisas da terra ou animais, mas ofereceu-se a si mesmo. Este é o sacrifício mais perfeito de todos os que foram oferecidos sobre a face da terra, porque é o sacrifício do Filho de Deus feito homem. Jesus Cristo é, por sua vez, o Sacerdote que se ofereceu a si mesmo na cruz e a Vítima deste mesmo sacrifício.
4. Para que Jesus se ofereceu na cruz?
Jesus Cristo se ofereceu na cruz principalmente por quatro motivos:
  • Para dar glória a Deus, seu Pai. O fim do homem nesta terra é dar glória a Deus. Jesus Cristo, representando toda a humanidade, glorificou infinitamente a Deus com sua paixão e morte.
  • Para dar graças. Com sua paixão e morte, Jesus Cristo deu graças a Deus em nome de toda a humanidade.
  • Para reparar a ofensa do pecado. Ao pecar, o homem se fez escravo do pecado e com suas próprias forças não poderia jamais se libertar desta escravidão; tinha a alma manchada e não poderia limpa-la. Com seu sacrifício, Jesus Cristo rompeu as cadeias do pecado: seu sangue limpou a mancha que os pecados produzem na alma. Jesus Cristo entregou sua vida por nós para que nós, morrendo ao pecado, pudéssemos viver a vida da graça.
  • Para pedir a Deus o que necessitamos. Jesus Cristo, oferecendo o sacrifício de sua vida, faz que Deus Pai escute sempre o que lhe pedimos em seu nome. Por isto, quando Cristo nos ensinou como temos que pedir, nos disse: "Tudo o que pedis a Deus em meu nome, vos será concedido.... Pedi e recebereis" (João 16,23-24).
5. A cruz na vida do cristão
O Evangelho nos ensina que o discípulo de Cristo tem que levar a cruz: "O que não toma sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo" (Lucas 14,27). Jesus carregou a cruz às costas também para dar-nos exemplo e ensinar-nos a amar o sacrifício. Temos de amar as coisas que nos custam, oferecendo- as a Jesus, e buscar além disto estas coisas que nos custam, desejando identificar-nos com Ele. A cruz está presente não só nas igrejas, mas em muitos outros lugares; é o símbolo dos cristãos, que recorda a paixão e morte do Senhor.
6. Propósitos de vida cristã
  • Ao ver uma cruz ou um Crucifixo, agradecer a Jesus que morreu para nos salvar.
  • Meditar com freqüência as 14 estações da Via Sacra.
Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Valor do Tempo



Temos consciência de que a vida é breve, e para isso não é necessário chegar a uma idade em que, como dizia alguém, já só resta reconhecer: "O meu futuro agora está atrás de mim". A vida vai-se e o tempo que passa é irrecuperável. Quem pode armazenar um sopro de brisa numa tarde abafada de verão? Passou; não volta.

Esta realidade em idade nenhuma é deprimente, sobretudo para quem assume a fé como um valor vital. É, antes, um estímulo: precisamente por ser irrepetível, convida a viver o momento presente em plenitude, porque, bem vistas as coisas, o instante que passa é um pedaço de eternidade que se antecipa para bem ou para mal, conforme exerçamos a liberdade correta ou indevidamente.


Há os que fazem da liberdade um álibi para se ocuparem em tudo, menos naquilo que devem naquele momento. Entretêm-se com pretextos de todo o gênero, esquecidos de que o valor de um homem se mede pelo valor do seu hoje e agora. Uma das mais claras manifestações de imaturidade é trocar aquilo que se deve fazer por aquilo que custa menos ou agrada mais – o adiamento indefinido, com muita mordacidade e pouca justiça na generalização, dizia o escritor Paulo Mendes Campos:


"Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro do mundo. Brasileiro até demais! Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito e a capacidade de adiar [...]. O brasileiro adia; logo existe."


Em contrapartida, o cristão percebe que está em jogo algo muito sério – nada menos que a correspondência à graça, afirmava São Josemaria Escrivá: "Sempre pensei que muitos chamam 'amanhã', 'depois', uma resistência à graça", porque o tempo da graça é agora. No instante que passa, Deus nos espera com Suas luzes e com Seu auxílio, em reforço da nossa vontade débil.


Houve quem qualificasse de "sacramento" o dever do momento presente. E assim é, de algum modo, o que agora me cabe fazer, se realmente o faço, como que cristaliza, materializa a graça divina. A pontualidade é veículo da ação de Deus, ponto de aplicação da força de Deus.


E por isso é fonte de alegria. Não pode deixar de ser alegre o encontro da vontade atual do homem com a vontade eterna de Deus. É como se, naquele momento, comungássemos o agora, no cumprimento do dever em comunhão espiritual.


Nessa fidelidade, ao dever do momento, não há, pois, motivo para resmungos, caras feias, má-vontade, cansaço ou tédio. E se, por vezes, essa pontualidade custa uma lágrima, a lágrima torna-se sorriso. Aparece o rosto de Deus, infinitamente amável e consolador.


Portanto, uma vida natural e sobrenaturalmente em ordem, discorre e se estrutura segundo o querer de Deus. A virtude da ordem, implantada serena, mas firmemente, dia após dia, com as lutas e os corretivos necessários, representa o heroísmo que se esconde no carisma do homem que vê, na sua ordem, o grande instrumento da ação de Deus.


Francisco José de Almeida
Catequese Católica