quarta-feira, 30 de maio de 2012

DEUS CRIOU OS ANJOS

Na Sagrada Escritura encontram-se muitas passagens nas quais vemos a intervenção dos anjos: ao nascer Jesus um anjo anuncia aos pastores a boa notícia; o arcanjo Rafael aparece na história de Tobias, e o arcanjo Gabriel é quem anuncia à Virgem que Deus quer que ela seja Sua Mãe; outro anjo tira Pedro do cárcere; etc..
Este tema quer ajudar-nos a conhecer quem são os anjos e também os demônios ou espíritos maus.

IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. A existência de anjos e demônios, verdade de fé.
Às vezes contam-se coisas que são fábulas: fala-se de bruxas, de horóscopos e coisas semelhantes. Sabemos que não são coisas verdadeiras, senão contos.... Quando se fala dos anjos e dos demônios, não estamos falando de contos; os anjos e os demônios existem de verdade. Deles nos falou deles. E Deus não pode enganar-nos, nem mesmo para que fossemos melhores. Deus sempre diz a verdade. Cremos, portanto, que existem Anjos e demônios - assim como nós existimos - porque Deus assim no-lo revelou.
2. Os demônios são espíritos que pecaram contra Deus.
Deus criou bons, por natureza, a todos os espíritos e os fez seus filhos, pela graça. Mas, capitaneados por Lúcifer, muitos deles se rebelaram e disseram: "Não queremos servir a Deus". Os anjos foram fiéis a Deus, dizendo "Queremos servir a Deus". O chefe dos Anjos fiéis era São Miguel. Realizou-se uma batalha no céu e venceram os anjos fiéis. Os espíritos rebeldes, ou demônios, junto com Lúcifer foram condenados eternamente ao inferno porque desobedeceram a Deus e pecaram gravemente.
3. Os demônios tentam os homens
Os demônios, desde o momento em que pecaram, odeiam a Deus e a todos os que amam a Deus. Por isso desejam que os homens ofendam a Deus e sejam condenados ao inferno. Este é o motivo pelo qual os demônios tentam os homens. São muitos os exemplos na Sagrada Escritura: a tentação de Eva, quando o demônio se apresenta na forma de serpente (Gênesis 3,1-24); as tentações de Jesus, no deserto (Mateus 4,1-11); etc.. Eles nos tentam também, de muitas maneiras, levando-nos a fazer o que é contra a vontade de Deus. A forma habitual que usam para tentar-nos é a de incitar nossas más inclinações ou aproveitando-se delas. A tentação não é pecado; é pecado se fazemos caso do que nos pede o demônio. Por isso, ao dar-nos conta da tentação, devemos acudir a Deus e dizer com todo o coração: "Afasta-te de mim, Satanás!". Também devemos acudir à Santíssima Virgem Maria, nossa Mãe e a nosso Anjo da Guarda.
4. A proteção dos Anjos da Guarda
No Antigo Testamento há um livro muito bonito, no qual se narra que Tobias devia fazer uma longa viagem, cheia de perigos. Então, busca um companheiro de viagem, e Deus envia o arcanjo Rafael que o acompanha e lhe mostra o bom caminho, devolvendo-o feliz a sua casa. Nós também vamos a caminho do céu; neste caminho existem muitos perigos para a nossa alma e o nosso corpo. Deus nos dá um companheiro de viagem que está sempre a nosso lado, ainda que não o vejamos: é o Anjo da Guarda. Nosso Anjo nos ama como o melhor dos amigos, nos protege dia e noite, e nos fala ao coração convidando-nos a fazer as coisas boas. Quando rezamos, ele apresenta nossa oração a Deus.
5. Uso da água benta
A Igreja recomenda aos cristãos usar a água benta, que é um sacramental, para implorar o perdão dos pecados veniais e alcançar a proteção de Deus contra as insinuações do demônio. Santa Teresa de Jesus dizia: "De nenhuma coisa foge mais o demônio, para não voltar, do que da água benta."
6. Propósitos de vida cristã
  • Aprender a Oração do Anjo da Guarda: "SANTO ANJO DO SENHOR,
    MEU ZELOSO GUARDADOR,
    SE A TI ME CONFIOU A PIEDADE DIVINA,
    HOJE E SEMPRE,
    ME REGE, GUARDA, ILUMINA. AMÉM." 


    Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
    Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
    Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO REALIZARÁ ENCONTRO DIOCESANO

A Pastoral da Comunicação da Diocese de Campo Maior realizará neste final de semana de 25 a 27 de maio o seu 1º Encontro Diocesano da PASCOM.
O referido evento acontecerá no Centro Diocesano de Pastoral com a participação de agentes de pastorais e movimentos, bem como os agentes da PASCOM das paróquias. O encontro será assessorado por Sebastiana (Assessora de Comunicação da Diocese de Oeiras e membro da PASCOM do Regional NE4). Que fará conferencias como criar e organizar a PASCOM.
Este encontro terá como objetivo Vivenciar a mística e a Espiritualidade da Pastoral da Comunicação, Aprofundar o Documento 101 que faz uma abordagem sobre a Pastoral da Comunicação, Traçar um perfil da realidade atual da PASCOM nas paróquias da Diocese e Elaborarmos um planejamento para ser executado ao longo do 2º Semestre.

“Que a comunicação não se canse jamais,
de estar a serviço da verdade e da paz”

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Jovens recebem sacramento da crisma


Neste Domingo 20 de maio, Ascensão do Senhor, foi celebrada na Matriz de São José o sacramento da confirmação (crisma). Vinte e oito jovens receberam este sacramento por imposição das mãos de Dom Eduardo Zielski bispo desta Igreja.
Crisma ou Confirmação é o sacramento que confirma e complementa o Batismo, que confere a efusão do Espírito Santo ao que já é batizado. Os apóstolos ministraram esse sacramento desde os primórdios da Igreja. Todos os batizados devem participar da plenitude das graças do Espírito Santo com que Jesus presenteou a sua Igreja na festa de Pentecostes. Para isso, Jesus instituiu o Sacramento da Crisma ou Confirmação. Os textos bíblicos mostram isso: “Os apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em nome do senhor Jesus. Então os dois apóstolos lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo”. (At 8,14-17)
A crisma é o sacramento que nos fortifica pela virtude e pelos dons do Espírito Santo, imprimindo-nos na alma o caráter de soldado de Cristo, preparando para as lutas da vida. Os dons do Espírito Santo são estes: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus. A Confirmação nos faz crescer como filhos de Deus, tornando-nos corajosos na fé. Foi quando receberam esses dons que os apóstolos se tornaram discípulos valentes e sábios, pregando por todo o mundo e morrendo pelo Mestre.
Por que se chama Crisma ou Confirmação? Chama-se Crisma (nas Igrejas Orientais: Crismação com o Santo Myron (óleo)), por causa do seu rito essencial, que é a unção. Chama-se Confirmação, porque confirma e consolida a graça batismal. O rito essencial da Confirmação é a unção com o sagrado crisma (óleo misturado com balsamo, consagrado pelo bispo), que se faz com a imposição da mão por parte do ministro que pronuncia as palavras sacramentais próprias do rito. No Ocidente, essa unção é feita na fronte do batizado com as palavras: “Recebe por este sinal o dom do Espírito Santo”. O efeito da Confirmação é a especial efusão do Espírito Santo, como a de Pentecostes. Essa efusão imprime na alma um caráter e produz um crescimento da graça batismal: enraíza mais profundamente na filiação divina; une mais solidamente a Cristo e a sua Igreja; aumenta na alma os dons do Espírito Santo; dá força especial para testemunhar a fé cristã.
A Confirmação dá-nos uma força especial para testemunhar e glorificar a Deus com toda a nossa vida; torna-nos intimamente conscientes da nossa pertença à Igreja, "Corpo de Cristo", de Quem todos nós somos membros vivos, solidários uns com os outros. Deixando-se orientar pelo Espírito, cada batizado pode oferecer a sua contribuição para a edificação da Igreja, graças aos carismas que Ele infunde, porque "a manifestação do Espírito é dada a cada um, para proveito comum".

"Hoje recebi o Espirito Santo, renovei minha fé em Cristo, me emocionei na hora da unção com oléo, senti que minha vida foi restaurada naquele momento tão lindo..."
(Jucélia Ferreira)

"Eu estava na Santa Missa e pude presenciar o Espirito Santo descer e fluir em cada um dos jovens, eu testemunho um novo Pentecostes em Cabeceiras. Foi uma benção! Eu, apesar de não ser crismando pude sentir o poder do Espirito Santo..."
(Luiz Henrique)



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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Maria, consoladora dos aflitos

Diante das cruzes da vida, devemos procurar o colo da Mãe

Toda mãe tem um jeito especial para consolar seu filho. É comum vermos aquela cena do neném chorando no colo dos parentes e amigos. Só o colo da mãe é capaz de fazer a criança parar de chorar e até dormir com aquela sensação gostosa de segurança. Imagino que esta tenha sido a experiência do apóstolo João ao pé da cruz (cf. João 19, 25). Ele devia estar extremamente aflito. Seu melhor Amigo pendia naquela cruz. Pouco antes da morte ele escutara palavras de confiança e dor: “Filho, eis aí a tua mãe; mãe eis aí o teu filho”.


Normalmente imaginamos que com aquele gesto, Jesus pedira que João cuidasse de sua mãe. De fato, foi isso que aconteceu. João levou Maria para sua casa e cuidou dela até o final de sua vida. Mas podemos também inverter a história. Naquele momento, o jovem João precisava muito mais de cuidado do que a Santíssima Virgem Maria. Imagino que ela tenha dito palavras de encorajamento para ele e o tenha consolado em todas as suas aflições. E foi assim durante muitos anos. Logo em seguida, quando os apóstolos se dispersaram por medo de serem perseguidos, Maria o consolava.

Quando estavam no Cenáculo, antes de Pentecostes, Nossa Senhora estava lá. Certamente ela dizia palavras de consolo e fortaleza. O Pentecostes dela já começara em Nazaré. Ela já estava “cheia de graça”. Por isso o céu já vivia plenamente no seu coração. Quem vive assim, pode consolar os irmãos que vivem “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”.

Maria consola também cada um de nós em nossas aflições. Quando estamos diante das cruzes da vida, devemos procurar o colo da Mãe. Ali conseguiremos o sono tranquilo de crianças que sabem que estão seguras.

Mas qual seria o consolo da Virgem Maria? Seria uma palavra, um olhar de ternura, uma prece confiante, um conselho de paz, um afago, uma resposta de solução? Tudo isso ela faz, como tem feito nas diversas aparições aprovadas pela Igreja, como as de Lourdes e de Fátima. Mas o principal consolo é “mostrar-nos seu Filho, Jesus”! Certamente foi isso que ela disse a João:

- Filho, Ele voltará… Ele ressuscitará… a morte não pode vencer o amor!

Nomalmente nossas aflições têm alguma coisa a ver com a morte. Quem não tem medo de morrer?

Rezamos, na Ave-maria, que a Mãe Santíssima esteja nos consolando “agora e na hora de nossa morte”. As pequenas mortes de todos os dias costumam nos afligir. Você recebe uma notícia ruim e seu coração fica pálido de tristeza.

Procure o colo da Mãe de toda consolação. Ela apontará para a cruz e dirá:

- Ele não está ali.

Ela apontará para a sua cruz e dirá:

- Com meu Filho você vencerá este momento de aflição. Creia, ame, espere!

Maria aprendeu essa lição quando Jesus se perdeu no meio da multidão, aos doze anos. Foram encontrá-Lo em Jerusalém, no templo, conversando com os doutores da lei.

Ela disse:

- Teu pai e eu te procurávamos aflitos.

Nessa ocasião o Menino os consolou:

- Não sabíeis que devia estar na casa de meu Pai?

Esta é a forma de buscar o consolo. Maria entendeu. Temos que procurar Jesus na casa do Pai. Se você está muito aflito com alguma situação, procure uma igreja; fique um momento em silêncio; consagre seu coração a Virgem Maria. Ela o pegará no colo e o colocará junto de seu Filho, Jesus. Ali não temos mais razão para permanecer com medo ou aflitos. É exatamente isso que diz o Salmo 22: “A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias” (Salmo 22, 6).


Consoladora dos aflitos, rogai por nós!


Padre Joãozinho, SCJ

segunda-feira, 14 de maio de 2012

14 de maio - São Matias, o décimo terceiro apóstolo

Matias, o apóstolo "póstumo". É assim chamado porque surgiu depois da morte do apóstolo Judas Iscariotes, o traidor. Alguns teólogos se referem à ele como o décimo terceiro apóstolo, pois foi eleito para ocupar esse posto, conforme consta dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia.

A eleição dos onze apóstolos deu-se dias depois da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito Santo e assim foi descrita: "Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: Com o preço de sua maldade se comprou um campo". O salmo 109 ordena "Que outro receba seu cargo".

'Convém, então, que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus'". (At 1, 21-26)

As outras informações existentes sobre Matias fazem parte das tradições e dos escritos da época. Esses registros, entretanto, são apenas fragmentos com algumas citações e frases, que foram recuperadas e, segundo os teólogos, são de sua autoria. De fato, existe uma certa confusão entre os apóstolos Matias e Mateus em alguns escritos antigos.

Segundo a tradição Matias evangelizou na Judéia, Capadócia e, depois, na Etiópia. Ele sofreu perseguições e o martírio, morreu apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade a Jesus.

Há registros de que santa Helena, mãe do imperador Constantino, o Grande, mandou trasladar as relíquias de são Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior. O restante delas se encontra na antiquíssima igreja de São Matias, em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e que o tem como seu padroeiro.

São Matias era comemorado no dia 24 de fevereiro, mas atualmente sua festa ocorre no dia 14 de maio .

quarta-feira, 9 de maio de 2012

DEUS CRIOU O MUNDO POR AMOR

"No princípio, Deus criou o céu e a terra" (Gênesis 1,1). Assim começa a Bíblia, e o primeiro capítulo do Gênesis relata de maneira gráfica como Deus criou o mundo. Sem utilizar nenhum material pré existente, sem nenhum instrumento, Deus foi criando todas as coisas: o céu e a terra, os animais e as plantas... e por último o homem. Deus criou o mundo do nada. A criação inteira é fruto do amor e onipotência de Deus: as coisas pequenas - ervas e insetos -, e as grandes: o sol, a lua, os sistemas planetários, as nebulosas, os mares.... O ser mais perfeito da criação visível é o homem. E Deus continua cuidando e governando tudo com Suas leis. Que linda é a Criação! Ao contempla-la é fácil dar glória e louvor a Deus. Além disso, Ele quer que nós, homens cooperemos com Sua obra com o nosso trabalho. É tanta a dignidade do trabalho humano, que, como diz a Sagrada Escritura, o homem foi criado para que trabalhasse e assim dominasse a criação de um modo inteligente. Neste tema veremos com detalhes o que significa afirmar que Deus tenha criado o mundo, tal como confessamos no Credo: "Creio em Deus, Pai Todo Poderoso, Criador do céu e da terra".
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Deus é eterno.
Só Deus é propriamente eterno, quer dizer, não tem princípio nem fim. Em Deus, não existe passado nem futuro, mas UM PRESENTE IMUTÁVEL. Houve um momento no qual só Deus existia, mas Ele quis comunicar suas perfeições a outros seres; quis criar o mundo e especialmente, o homem, que foi feito à imagem e semelhança de Deus. Deus pensou em todos os homens - em cada um de nós - muito antes de nos criar. Não existíamos e já nos amava. E como Deus ama o homem, preparou para ele um lugar estupendo: o mundo com todas as suas maravilhas (o mar, as montanhas, os animais, as plantas, o céu etc..).
2. Deus criou o mundo do nada.
O homem necessita tempo e esforço para construir um edifício ou fabricar um objeto, além, é lógico, de um material pré existente. Deus, porém, fez todas as coisas com um só instante de Seu querer e tudo criou do nada. Antes de que Deus tudo criasse, não existia nada.
3. Criar não é o mesmo que fabricar.
Dizemos que Deus criou o mundo, e não que Deus fabricou o mundo, para indicar que, quando tudo começou a existir, não havia nada, sendo que foi Deus quem fez tudo, para que existisse. Criar quer dizer "fazer que exista algo que antes não existia, tirando-o do nada". O homem não pode criar, pode modificar, por exemplo, o curso de um rio, ou fabricar um tecido, usando para isto como matéria prima o algodão ou fibras sintéticas, ou montar um carro, usando peças previamente fabricadas.
4. Deus criou tudo para Sua glória e honra.
Quando contemplamos uma obra de arte - uma catedral, por exemplo -, nos maravilhamos e louvamos o gênio de seu autor. Aquela obra de arte é uma glória aos que a construíram. Ao contemplar a grandeza do mundo: os astros, o mar, as plantas; ao ver a perfeição das coisas pequenas: um passarinho, um inseto, nos maravilhamos e louvamos a Deus, autor de tudo. O mundo é uma manifestação da perfeição divina, um reflexo do que Deus é. O mundo canta a glória de Deus. A esta glorificação deve unir-se o homem, não somente por ser criatura de Deus, a mais perfeita da criação visível, mas também porque Deus colocou todas as coisas a seu serviço. Pensando no homem, Deus criou todas as coisas e as colocou em suas mãos..
5. O trabalho e o domínio da terra.
Deus podia ter criado todas as coisas tal e como existem; por exemplo, as mesas e as cadeiras, as centrais elétricas... Mas quis que o homem dominasse a criação trabalhando e tirando proveito das mesmas. Quando o homem trabalha, colabora com Deus para dominar a criação, já que Deus assim o desejou. E como na criação Deus fez tudo muito bem, porque é Deus e porque Lhe move o amor que tem aos homens, assim o homem precisa fazer bem as coisas, por amor a Deus, para que quando Deus veja esse trabalho, possa dizer: "O que faz o homem está bem feito". É necessário fazer tudo com dedicação e esforço, oferecendo-o a Deus.
6. Deus conserva e governa o mundo..
Para que as coisas durem, procuramos conserva-las: reparam-se os defeitos, engraxam-se as máquinas, protegem-se do frio ou do calor...; se não cuidamos das coisas, elas se estragam e não servem mais para nada. Podemos imaginar assim a conservação do mundo, com a diferença de que, se Deus não o conservasse, desapareceria, voltaria ao nada. Além disso, Deus governa o mundo, de maneira especial aos homens, com umas leis que estão impressas em sua natureza, respeitando sempre a liberdade que lhes deu, como um dos grandes presentes.
7. Oferecer o trabalho do dia e mostrar agradecimento ao Senhor.
Ao iniciar o dia devemos oferecer a Deus tudo o que vamos fazer. Podemos usar esta oração: "Adoro-Te, Meu Deus, e amo-te de todo o coração; dou-Te graças por me terdes criado, feito cristão e conservado nesta noite. Ofereço-Te todas as minhas obras e Te peço que me guardes neste dia de todo pecado e me livres de todo o mal. Amém" Para não comer como os pagãos que não conhecem a Deus, nós, cristãos, costumamos abençoar a mesa e agradecer depois de comer. Podemos dizer, antes de comer: "Abençoai, Senhor, estes alimentos que, por Tua bondade, vamos tomar". E ao terminar de comer: "Nós Te agradecemos, Senhor, pelos benefícios que recebemos de Tuas mãos." O agradecimento deve abarcar nossa vida inteira, que é um dom de Deus.
8. Ter confiança em Deus.
O conhecimento da Providência que Deus exerce sobre o mundo e sobre cada um de nós, deve levar-nos a uma decisão confiada de pormo-nos em Suas mãos, para que de verdade e para sempre seja Ele a fonte de nossa serenidade, segurança e alegria.
9. Propósitos de vida cristã.
  • Procurar fazer todas as manhãs o oferecimento do dia, ao levantar-se. Pode-se usar o Oferecimento do "Apostolado da Oração", por exemplo.
  • Acostumar-se a oferecer a Deus tudo o que se faz, procurando fazer tudo com a maior perfeição e amor possíveis. 

Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller

sábado, 5 de maio de 2012

O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

O segredo divino mais importante da Fé que Jesus Cristo nos revelou é o MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE. Jesus falou de seu Pai, que é Deus; do Espírito Santo, que também é Deus; e afirmou que ELE E O PAI SÃO UMA MESMA COISA (João 10,30), porque é o Filho de Deus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um único Deus -não três deuses - porque tem a mesma natureza divina, ainda que sendo três Pessoas realmente distintas. Que Deus é UM em essência e TRINO em pessoas é a revelação de sua vida íntima, maior e mais profundo de todos os mistérios; além de ser o mistério fundamental de nossa fé e de nossa vida cristã. Temos de procurar conhece-Lo e vive-Lo! O Credo, ou Símbolo é a explicação do mistério trinitário: o que Deus é e o que fez por suas criaturas ao cria-las, ao redimi-las e ao santifica-las.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. A Trindade, mistério de um só Deus e três Pessoas realmente distintas.
Nunca poderemos compreender os MISTÉRIOS, porque nós somos limitados e eles nos superam; sem dúvida, temos de tentar conhece-los cada vez melhor, para que nossa fé seja firme e operativa. O Mistério da Santíssima Trindade consiste em que, em Deus há uma ÚNICA ESSÊNCIA e TRES PESSOAS DISTINTAS: Pai, Filho e Espírito Santo, cada uma das quais é Deus, sem ser três deuses, mas um único e só Deus. Podemos comparar este Mistério com o sol: o sol está no céu e produz luz e calor; a luz e o calor não são distintos do sol. A Trindade é algo parecido: o Filho e o Espírito Santo são iguais em natureza ao Pai, mas são um só Deus. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Três pessoas e um único Deus.
2. A salvação, obra da Trindade.
Todas as coisas criadas foram feitas por Deus, Uno e Trino. Deus criou o mundo, ainda que a criação seja atribuída ao Pai; Deus realizou a Redenção, ainda que só a segunda Pessoa - O Filho - se fez homem e morreu na cruz; Deus nos santifica, ainda que a santificação seja atribuída ao Espírito Santo. Assim, pois, quando agradecemos a Deus tudo o que fez por nós e em nós, temos de agradecer a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Espírito Santo.
3. Habitação da Trindade na alma em estado de graça.
Ainda que não seja fácil de explicar, é esta uma verdade que nos enche de ale gria o saber que o homem que vive em estado de graça (sem pecado mortal) é TEMPLO VIVO DA SANTÍSSIMA TRINDADE BEATÍSSIMA (João 14,23). Desde o dia de nosso Batismo, se não recusamos a Deus através do pecado mortal, vive em nossa alma Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.Temos a Deus dentro de nós para nos santificar, para nos ajudar, para estar conosco, porque nos ama. Podemos falar com a Trindade Beatíssima, sabendo que nos escuta e atende nossas súplicas. Sabemos disto pela Fé e, ainda que não O vejamos, nem O sintamos, é esta a verdade. Quando estamos na Graça de Deus, SOMOS TEMPLO DE DEUS!
4. No céu, "veremos" a Santíssima Trindade.
Aqui na terra sabemos que Deus está em nossa alma em estado de graça e que a vida cristã é uma luta constante para evitar o pecado. Se formos fiéis e nos esforçamos por amar a Deus cada vez mais, Ele nos concederá a maior coisa que poderíamos desejar: vê-Lo face a face, tal como Ele é. O grande premio do céu consiste em ver a Deus: contemplar, louvar, amar e gozar por toda a eternidade da Trindade Beatíssima. Toda a grandeza, toda a beleza, toda a bondade de Deus se volta sobre estas pobres criaturas que somos cada um de nós. No monte Sinai, Moisés pediu para ver o rosto de Deus, e o Senhor lhe respondeu que nenhum homem pode vê-Lo sem morrer. Não obstante, no céu, a alma terá a possibilidade de VER o que Moisés quis ver na terra: a majestade de Deus.
5. Temos de louvar a Santíssima Trindade.
Pela fé, damo-nos conta de que ser cristãos é algo maravilhoso. Deus nos ama de uma maneira incrível: nos criou por amor, nos remiu de nossos pecados morrendo por nós, vive em nossa alma em estado de graça e nos preparou - se somos fiéis - um céu eterno. Nos deixou a Igreja e os Sacramentos para que possamos facilmente saber o que temos de fazer e viver sempre como bons cristãos, sendo cada vez mais santos. Temos de corresponder a tanto amor, e a vida cristã precisa ser um constante louvor à Trindade Santa. Professamos nossa fé na Santíssima Trindade quando fazemos o sinal da cruz ou quando nos persignamos dizendo: "EM NOME DO PAI + E DO FILHO+ E DO ESPÍRITO + SANTO"; quando rezamos o GLÓRIA ou o CREDO na Santa Missa, e ao final da Oração Eucarística. Temos de procurar rezar estas orações e louvores à Trindade com fé viva e consciente, de modo que toda a nossa vida seja um constante louvor a Deus Pai, Deus Filho e Deus espírito Santo.
6. Propósitos de vida cristã.
  • APRENDER O CREDO E RECITA-LO COM DEVOÇÃO
  • CONSIDERAR NA ORAÇÃO, QUE A SANTÍSSIMA TRINDADE - DEUS MESMO - ESTÁ NA ALMA EM ESTADO DE GRAÇA, PORTANTO, VIVER EM ESTADO DE GRAÇA (SEM PECADO MORTAL) É A ÚNICA COISA VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE NESTA VIDA. 
Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller