domingo, 29 de abril de 2012

Pastoral familiar se reúne para formação


Numa abordagem antropológica e sociológica, mais do que religiosa, afirmar a cidadania da família quer dizer reconhecer seu papel de sujeito na construção de uma nova sociedade e promover orientações de conduta inspiradas em critérios de solidariedade e de plena reciprocidade, características constituintes da família.
A Pastoral Familiar, portanto, é o esforço pastoral da Igreja visando não só defender e promover o respeito à dignidade da família, seus direitos e deveres, mas também chamar a atenção para a importância e centralidade da família como o principal recurso para a pessoa, para a sociedade e para a Igreja. Ela é o lugar onde mais se investe para o desenvolvimento de um país, já que a família é indispensável para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade.
OBJETIVOS
Resumidamente, os objetivos da Pastoral Familiar consistem, inicialmente, na preparação dos candidatos para a vida matrimonial e familiar, bem como na evangelização e promoção humana, social e espiritual das famílias já constituídas.
A Pastoral Familiar parte da família real para a família do possível, sem perder de vista a proposta da família ideal, que é a família cristã, gerada a partir do sacramento do matrimônio e vivendo em forte unidade, harmonia e na gratuita e generosa solidariedade.
SUA IMPORTÂNCIA
O documento de Santo Domingo falou da “prioridade e centralidade da pastoral familiar na Igreja diocesana” (n.º 222). O Papa João Paulo II assim falou aos Bispos do Brasil:
“em cada diocese – vasta ou pequena, rica ou pobre, dotada ou não de clero – o Bispo estará agindo com sabedoria pastoral, estará fazendo investimento altamente compensador, estará construindo, a médio prazo, a sua Igreja particular, à medida que der o máximo a uma Pastoral Familiar efetiva”.
Diríamos que a organização da Pastoral Familiar, em nível diocesano ou paroquial, não é uma opção, é uma obrigação. Nesta perspectiva a paroquia recebeu neste sabado integrantes da pastoral familar acompanhados do Padre Chagas Lopes da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat de Buriti dos Montes para uma formação na capelinha de São José.




quarta-feira, 25 de abril de 2012

CREIO EM DEUS, PAI TODO PODEROSO

Deus Pai - Capela Sistina
As primeiras palavras que dizemos no credo são: "Creio em Deus, Pai todo poderoso" (Símbolo dos Apóstolos), ou "Creio em um só Deus, Pai todo poderoso" (Símbolo de Nicéia-Constantinopla). Nossa profissão de fé cristã começa por Deus, por que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. E começa por Deus Pai, por que Deus Pai é a primeira pessoa da Santíssima Trindade. Deus cuida com a sua providência de todas as coisas, mas especialmente cuida do homem. É nosso Pai do céu; em conseqüência, somos seus filhos: somos filhos de Deus! E para que o recordássemos constantemente, Jesus nos ensinou a rezar: "Pai Nosso, que estás no céu" (Mateus 6,9). Esta maravilhosa verdade cristã deve nos entusiasmar. Vejamos quem é Deus, esse Pai que está no céu.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Creio em um só Deus.
Esta é a grande verdade, a verdade absoluta: Deus é um e único, não há mais de que um só Deus. Iahwéh já o tinha manifestado ao povo de Israel: "Escuta Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força" (Deuteronômio 6,4-5), sendo Aquele que preside toda a história. Também para nós, a fé em um único Deus nos move a voltarmo- nos a Ele como a nossa origem e nosso último fim; e a preferi-Lo acima de todas as coisas. A revelação de Jesus Cristo completará aquela do Antigo Testamento, e pelo ensinamento do Filho de Deus sabemos que o Deus único em essência existe em três pessoas divinas: Pai, Filho e Espírito Santo.
2. O nome de Deus.
Moisés quis saber o nome de Deus ao contemplar a sarça ardente no monte Horeb, e Deus revelou Seu nome: "Eu sou o que sou" (Êxodo 3,14), Iahwéh. Quer dizer, Deus é, Deus é o que existe por si mesmo, sem depender de ninguém, princípio sem princípio, razão de ser de tudo o que é, origem de tudo, causa de tudo, fonte de todo ser, ser soberano, ser supremo: Deus! Em outras ocasiões, Deus se revela como rico em amor e fidelidade, aproximando-se ao homem para atrai-lo para Si, ao mostrar-lhe sua benevolência, sua bondade, seu amor. Podemos dizer, pois, que Deus é um ser espiritual, eterno, misericordioso e clemente, infinitamente sábio e bom, onipotente e justo, o ser por excelência, e o sumo amor. Jesus Cristo é quem revelou o conteúdo deste Nome, com um sentido novo: Deus Pai.
3. Deus Pai.
A afirmação da paternidade divina é o primeiro artigo do Símbolo e inicia a confissão da fé no Mistério Trinitário. O Símbolo é a confissão do Mistério da Trindade: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, único Deus, única essência, em três pessoas realmente distintas. Junto com a confissão da fé em Deus Uno e Trino, proclamam-se também o Mistério da Encarnação, que é realizado pelo Filho de Deus, para redimir os homens, e o Mistério da Santificação, que se atribui ao Espírito Santo.
4. Deus Pai todo poderoso.
Das muitas perfeições que podemos assinalar em Deus, o Símbolo nos recorda a onipotência, posto que vai falar da criação, que é obra de poder e se atribui ao Pai. Mas também o Filho e o Espírito Santo são onipotentes como o Pai, já que a essência divina é única e as três pessoas são iguais em perfeição. É muito necessária a confissão da onipotência de Deus porque com freqüência chegam ao homem as provas da fé, através da dor e do mal, que não entendemos e nos custa aceitar. Mas Deus é Deus, onipotente e clemente, que está próximo de nós com Sua Providência, para ajudar-nos.
5. Pai Nosso.
A revelação da paternidade de Deus no mistério inefável da Trindade de pessoas na única essência, nos facilita o caminho para compreender que Deus é também nosso Pai. Mas jamais o teríamos imaginado, se Deus não nos tivesse revelado. Foi o Senhor Jesus Cristo quem o disse a Seus discípulos: "Vós, porém, orai assim: Pai Nosso" (Mateus 6,9), e é uma noticia que está presente em todo o Novo Testamento. É evidente que a filiação do Filho de Deus e a nossa são diferentes. Jesus é o Filho de Deus por natureza, da mesma natureza do Pai, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; nossa filiação em relação a Deus é por adoção, mediante o dom sobrenatural da graça que Deus nos infunde no Batismo. Por isso, ainda que seja grande a dignidade da criatura humana, feita à imagem e semelhança de Deus na ordem natural, não se pode comparar com a dignidade da graça, que nos faz filhos adotivos de Deus.
6. Propósitos de vida cristã.
  • Fazer muitos atos de adoração a Deus, durante o dia, dizendo: "Deus Todo Poderoso, eu Te adoro e Te bendigo".
  • Rezar o Pai Nosso com pausa, entendendo o que digo.
  • tratar sempre os outros com respeito, pensando que são filhos de Deus.
Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

domingo, 22 de abril de 2012

Grupo de Oração João Paulo II realiza missão na comunidade Nova Vila

A missão de cada um de nós cristãos é evangelizar, dar testemunho de Cristo no mundo em que vivemos, ser fermento de transformação social, sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), mas para isso é preciso escutar a Palavra de Deus. Dentro desta perspectiva o Grupo de Oração João Paulo II saiu no sabado dia 21/04 em missão para comunidade Nova Vila, onde os missionarios tiveram a oportunidade de vistar todas as familias da comunidade. E para encerrar o dia foi realizado um louvor na capela local, onde os presentes tiveram a graça de estar diante do proprio Jesus por meio do Santissimo Sacramento. Cada integrante do G. O. João Paulo II têm dentro do peito o desejo de levar a Palavra e o amor de Deus a todos quantos encontrar e pregar os verdadeiros valores do Reino.
A missão da Igreja é proclamar Cristo, a Palavra de Deus feita carne, devemos alimentar-nos da Palavra, para ser 'servos da Palavra' na tarefa da evangelização: esta é, certamente, uma prioridade para a Igreja nos tempos atuais. Tal tarefa exige que se frequente a escola do Mestre, notando que a sua Palavra tem como centro o anúncio do Reino de Deus (cf. Mc 1,14-15) com palavras e obras, com o testemunho da vida e o ensino. O Reino de Deus, que a Palavra faz germinar, é Reino de verdade e de justiça, de amor e de paz, oferecido a todos os homens. Pregando a Palavra, a Igreja participa na construção do Reino de Deus, ilumina a sua dinâmica e o propõe como salvação do mundo. Anunciar o Reino é o Evangelho que deve ser pregado até aos confins da terra (cf. Mt 28,19; Mc 16,15). Esse anúncio e a sua escuta são a prova da autenticidade da fé.
O “Ai de mim, se não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16) de Paulo ressoa hoje com particular urgência, tornando-se para todos os cristãos, não uma simples informação, mas vocação ao serviço do Evangelho para o mundo, pois, como diz Jesus, “a messe é grande” (Mt 9,37) e diversificada: são tantos os que nunca ouviram o Evangelho, sobretudo nas regioes do nosso proprio municipio; são também tantos os que o esqueceram, e também tantos os que esperam o seu anúncio até mesmo em nossa própria realidade geográfica.
Não faltaram nem faltam dificuldades que atrapalham o caminho do povo de Deus na escuta do seu Senhor. Por razões inclusive econômicas, sente-se em muitas regiões a falta de material do texto bíblico, da sua tradução e difusão. E há também o grande obstáculo das seitas para uma correta interpretação. Levar a Palavra é uma missão importante, que implica um sentir profundo e convicto.
Um dos primeiros requisitos é a confiança na força transformadora da Palavra no coração de quem a escuta. Com efeito, “a Palavra de Deus é viva e realizadora (...), é capaz de distinguir as intenções e os pensamentos do coração” (Heb 4,12). Um segundo requisito, hoje particularmente sentido e credível, é anunciar e testemunhar a Palavra de Deus como fonte de conversão, de justiça, de esperança, de fraternidade e de paz. Um terceiro requisito é a franqueza, a coragem, o espírito de pobreza, a humildade, a coerência, a cordialidade de quem serve a Palavra.























sábado, 21 de abril de 2012

DEUS VEM AO ENCONTRO DO HOMEM: A REVELAÇÃO

Santo Agostinho é um dos santos mais notáveis que a Igreja já teve, e um dos homens mais sábios do cristianismo. Depois de uma vida separada de Deus foi batizado, chegando a ser bispo da cidade de Hipona, no norte da África. E escreveu muito e tem um livro especialmente sugestivo: As Confissões, onde conta a sua conversão e proclama o desejo de Deus inscrito no coração da criatura: "Tu és grande, Senhor, e muito digno de louvor: grande é o teu poder, e tua sabedoria não tem medida. E o homem, pequena parte da tua criação, quer louvar-Te. Tu mesmo o incitas a isso, fazendo que encontre suas delícias em seu louvor, porque nos fizestes, Senhor, para ti e nosso coração está inquieto até que descanse em ti".
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. O desejo de Deus no coração humano
O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, que foi criado por Deus e para Deus ; Deus não deixa de atrair o homem para si, e só em Deus encontra a paz, a verdade e a alegria, que não cessa de buscar. O homem é um ser religioso. Como dizia São Paulo na cidade de Atenas, " em Deus vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17,28).
2. O esquecimento ou negação de Deus
Mas o homem pode esquecer-se de Deus, e inclusive recusá-Lo ou negar Sua existência. Motivos? A ignorância, o rebelar-se contra o mal que se sofre ou se vê, as preocupações do mundo e das riquezas, o mau exemplo de alguns que se chamam cristãos, as idéias contrárias à religião... e a atitude do pecador que - por medo - se oculta de Deus e foge de seu chamado. Nenhum desses pretextos justifica o esquecimento ou a negação de Deus .
3. É possível conhecer a existência de Deus por meio da razão natural
O homem pode conhecer a existência de Deus por dois caminhos: um, natural, e o outro sobrenatural. O caminho natural para conhecer a Deus tem como ponto de partida a criação, quer dizer, as coisas que nos rodeiam. Somente com a luz da razão, o homem sabe que nem as coisas nem ele tem em si mesmos a razão de ser, porque tiveram princípio e terão fim: são seres contingentes, seres criados e dependentes. Por isso, através do que foi criado, o homem pode chegar ao conhecimento da existência de Deus, Criador, Ser necessário e eterno, causa primeira e fim último de tudo.
4. Deus vem ao encontro do homem
Deus, além disso, por amor, revelou-se ao homem, vindo ao seu encontro; desta forma, lhe oferece uma resposta definitiva às perguntas que se faz sobre o sentido e o fim da vida humana. Deu-Se a conhecer em primeiro lugar, aos primeiros pais, Adão e Eva, depois da queda pelo pecado original, não os abandonou mas prometeu a salvação e ofereceu a sua aliança. Logo, com Abraão, elegeu o povo de Israel. Por fim, Deus se revelou plenamente enviando o seu próprio Filho, Jesus Cristo.
5. Jesus Cristo, Palavra de Deus Pai
Jesus Cristo é o Filho de Deus que se fez homem. É a palavra única, perfeita e definitiva de Deus Pai. Jesus Cristo já disse tudo o que Deus queria dizer a nós homens, de maneira que já há não existirá outra Revelação depois de Cristo.
6. As fontes da Revelação: Sagrada Escritura e Tradição
A Revelação de Deus pode ser encontrada na Sagrada Escritura e na Tradição divina. A sagrada Escritura é a Palavra de Deus transmitida por escrito, e consta nos livros inspirados por Deus que formam a Bíblia: 45 livros do Antigo Testamento ( antes da vinda de Jesus Cristo à terra) e 27 do Novo Testamento. A Tradição é a revelação divina encomendada por Cristo e o Espírito Santo aos Apóstolos, e transmitida íntegra, de viva voz à Igreja.
7. A Igreja, custodia e intérprete do depósito da fé
Cristo confiou à sua Igreja a Revelação de Deus, contida na Sagrada Escritura e na Tradição. A este tesouro nós o chamamos de depósito da fé. Cristo o confiou à Igreja para que o custodie, interprete, professe e pregue a todo mundo. Esta é a doutrina cristã, que a Igreja não cansa nunca de ensinar aos homens e mulheres de todas as idades e de todas as épocas.
8. Conhecer a Bíblia
A Igreja tem grande veneração pela Sagrada Escritura, destacando os quatro evangelhos que ocupam um lugar verdadeiramente privilegiado, pois o seu centro é Jesus Cristo. Na Missa, depois de ler o Evangelho, o sacerdote o beija em sinal de veneração e respeito. É lógico que todo cristão procure conhecer a Sagrada Escritura, especialmente os Evangelhos, e que dedique um tempo para ler e meditar a Palavra de Deus. Como diz São Jerônimo: "desconhecer a Escritura é desconhecer a Cristo". 

Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O FIM DO HOMEM NESTA TERRA: DAR GLÓRIA A DEUS, CONHECÊ-LO E AMÁ-LO

Ao nascer formamos parte de uma família que nos dá o nome e sobrenome; nesta família nascemos, crescemos e desenvolvemos nossas capacidades naturais. O Batismo produz em nós um segundo nascimento - esta vez para a vida sobrenatural da graça -, que nos faz cristãos e nos introduz na grande família da Igreja. Nós, batizados somos e nos chamamos cristãos. É este o nosso nome. Como os primeiros discípulos de Cristo: Pedro, Tiago, João..., também nós somos discípulos do Senhor.
Do mesmo modo que estamos orgulhosos de pertencer a nossa família, onde aprendemos muitas coisas, temos de estar também orgulhosos por pertencer à família da Igreja. A Igreja nos ensina também muitas coisas, que, na verdade, são as mais importantes, as únicas verdadeiramente importantes.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Para que estamos na terra
Existem pessoas que se perguntam para que estão nesta terra, porque nasceram, e não tiveram ninguém que lhes explicasse. Os cristãos - seguidores de Jesus Cristo - temos a sorte de conhecer estas coisas. Jesus Cristo as pregou e a Igreja as ensina. A doutrina de Jesus Cristo, ou Doutrina Cristã, dá a resposta a estas perguntas fundamentais. E as perguntas fundamentais que nós homens fazemos são: de onde venho, quem sou eu, para onde vou.
2. De onde viemos
A doutrina cristã diz que Deus criou livremente o homem para que participe de Sua vida bem aventurada, quer dizer, Sua mesma felicidade. Cada homem foi criado por Deus, com a cooperação de seus pais. Por isto, à pergunta de onde viemos, respondemos: viemos de Deus.
3. Quem somos
Deus não só criou o homem, mas está junto dele em todo tempo e lugar. Deus o chama e o ajuda a encontrá-Lo, quer que O conheça e O ame. Sabemos que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e pelo batismo, nós cristãos somos feitos filhos adotivos de Deus, herdeiros de Sua glória. Portanto, se nos perguntam quem somos, a resposta é clara: sou filho de Deus.
4. Para onde vamos
Deus criou o homem para manifestar e comunicar Sua bondade e amor, de forma que possa conhecê-Lo e amá-Lo cada dia mais, e assim O sirva livremente nesta vida, gozando depois com Ele para sempre no céu. Deus quer que sejamos felizes aqui na terra e depois eternamente com Ele no céu. Se nos perguntam a nós, cristãos, para onde vamos, a resposta também é clara: para o céu. Se não conseguirmos esta meta, nossa vida será um fracasso.
5. Para que existe o homem
Agora podemos responder de modo mais explícito a esta pergunta que deve fazer a si mesmo todo homem: para que eu existo? E temos que dizer de modo absoluto: para dar glória a Deus, quer dizer, para manifestar a bondade e o amor do Criador. Deus não tem outra razão para criar. O homem é objeto do amor de Deus, e responde a Deus amando-O. Nisto está a felicidade do homem.
6. Devemos conhecer a doutrina cristã
Devemos conhecer os ensinamentos de Jesus Cristo, já que é nosso Deus, nosso Mestre, nosso Modelo. Seus ensinamentos nos mostram o caminho para conhecer e amar a Deus, para ser felizes nesta terra e depois eternamente na outra.
7. Partes principais da Doutrina Cristã
A primeira coisa que é preciso saber são as verdades de nossa fé: quem é Deus, quem é Jesus Cristo, quem criou o mundo, quem é o Espírito Santo, quem é a Virgem Maria, para que Cristo fundou a Igreja, qual o prêmio ou o castigo que nos espera, etc.. Estas coisas nós as conhecemos ao estudar O SÍMBOLO DA FÉ ou o CREDO.
Se queremos saber como é celebrada a nossa fé cristã, como nos tornamos cristãos, como se alcança o perdão de Deus, de que forma Deus nos ajuda para vencer as dificuldades que encontramos...., tudo isto aprendemos estudando A LITURGIA e OS SACRAMENTOS.
Também necessitamos saber o que Deus quer que façamos para ser felizes e fazer felizes os demais e poder chegar ao céu, como viver em Cristo. Vamos aprender estas coisas estudando A MORAL CRISTÃ nos MANDAMENTOS.
É preciso também conhecer o sentido e a importância da oração em nossa vida.

Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

terça-feira, 17 de abril de 2012

A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS: CRER

Ao ler o Evangelho se vê que Jesus Cristo pede um ato de fé antes de realizar o milagre; e se alegra, e louva as pessoas que - de um modo ou de outro - manifestam a sua fé. A fé é um grande dom de Deus, necessário para a nossa salvação; e a resposta do homem à revelação divina é crer o Ele nos falou, apoiados em sua autoridade divina. Estudemos, pois, com atenção a este tema para saber o que é a fé e poder agradece-la mais a Deus. A fé é também necessária para aceitar e entender o que Deus ensina.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1.Pela fé podemos conhecer muitas coisas sobre Deus.
Sabemos com toda certeza o que Deus existe porque - mediante as coisas criadas - pode-se chegar a demonstrar a Sua existência. Mas existem questões fundamentais para o homem: como é Deus em si mesmo?, quem é Jesus Cristo?, o que há depois da vida?, questionamentos estes que não podem chegar a conhecer-se, ainda que se pense muito neles, se Deus não os tivesse revelado. Nós os conhecemos pela fé..
2. O que é a fé?
A fé é uma virtude sobrenatural pela qual - apoiados na autoridade divina - cremos nas verdades que foram reveladas, sabendo que Deus não pode enganar-Se nem enganar-nos. É, pois, um assentimento razoável, livre e sobrenatural, da inteligência e da vontade, à Revelação divina. Pela fé cremos em Deus e em tudo o que Deus nos revelou. Como o motivo que nos move a crer é a autoridade divina - não a evidência das verdades reveladas -, a inteligência do homem não está determinada a crer, e crê livremente, movida pela graça de Deus.
3. A fé é um presente de Deus.
Crer é um ato do homem, mas a fé é sobretudo um dom sobrenatural, um presente muito grande que Deus nos faz no momento do batismo. Só é possível crer pela graça e pelos auxílios internos do Espírito Santo.
4. Crer é uma coisa racional.
Às vezes se explica a fé dizendo que é " acreditar naquilo que não se vê", o que parece pouco racional. Sem dúvida, ainda que muitas coisas que se crêem não se compreendam, crer é uma coisa racional, porque é Deus quem revela, e Deus não pode enganar-Se nem enganar-nos. Também não se compreendem muitas coisas da natureza e as admitimos porque as ensina a ciência. Portanto, "crer" é um ato humano, consciente e livre, que não só não contradiz mas que dignifica a pessoa humana. A fé é livre antes, durante e depois do ato de fé..
5. Creio - Cremos.
Quando rezamos o credo, umas vezes dizemos: creio em Deus, no singular, porque a fé é um ato da pessoa que aceita livremente a autoridade de Deus que revela; em outras ocasiões dizemos: cremos em Deus - no plural - para significar que a fé, nós a recebemos, a professamos e a vivemos no âmbito comunitário da Igreja de Jesus Cristo na qual, com Ele, que é a Cabeça, formamos um só Corpo todos aqueles que crêem. Assim, a Igreja é como a Mãe de todos os fiéis, como diz São Cipriano ao relacionar a fé em Deus com o papel da Igreja: "Ninguém pode ter a Deus por Pai se não tem a Igreja como Mãe".
6. As fontes da Revelação: Sagrada Escritura e Tradição
A Revelação de Deus pode ser encontrada na Sagrada Escritura e na Tradição divina. A sagrada Escritura é a Palavra de Deus transmitida por escrito, e consta nos livros inspirados por Deus que formam a Bíblia: 45 livros do Antigo Testamento ( antes da vinda de Jesus Cristo à terra) e 27 do Novo Testamento. A Tradição é a revelação divina encomendada por Cristo e o Espírito Santo aos Apóstolos, e transmitida íntegra, de viva voz à Igreja.
7. A fé é necessária para a salvação.
A fé é necessária para a salvação. É o mesmo Jesus Cristo quem o afirma: "o que crer e for batizado, se salvará; mas o que não crer, será condenado". (Marcos 16,16). Há um quadro do apóstolo São Tomé que põe os dedos no lado aberto de Cristo. Como se recusou em acreditar na ressurreição de Jesus, o Senhor o repreende carinhosamente: " Tomé, porque viste, acreditaste: bem aventurados os que acreditarão, mas sem ver" (João 20,29). Temos de rezar por aqueles que não crêem, pedindo a Deus que lhes conceda a graça da fé, ajudando-os com nosso exemplo e doutrina, exercitando o apostolado da doutrina.
8. O Credo, resumo das verdades que devemos acreditar..
Desde o princípio os cristãos dispuseram de Símbolos ou Fórmulas de fé, que resumiam o ensinamento da Revelação divina. Existem várias formulações das verdades da fé, mas ocupam um lugar muito particular na vida da Igreja o Símbolo dos Apóstolos e o Símbolo de Nicéia-Constantinopla. Quando recitamos o Credo, estamos fazendo um ato de fé nas verdades fundamentais que Deus nos revelou.
9. Fazer muitas vezes atos de fé.
Deus nos deu um grande presente que é a fé, e temos de saber agradecer fazendo com os nossos lábios e com o nosso coração muitos atos de fé durante o dia:

Creio em Deus Pai, em Deus Filho, em Deus Espírito Santo.
Creio na Santíssima Trindade.
Creio em Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro.
Creio que Santa Maria é a Mãe de Deus de nossa Mãe.
Creio, Senhor, mas aumenta minha fé.
Creio que a Igreja Católica é minha Mãe.
10. Propósitos de vida cristã.
  • Aprender bem o Credo (os dois Símbolos)
  • Recitar sempre o Credo com devoção, não só na Missa
  • Rezar pelos que não tem o dom da Fé 
Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte : Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução : Pe. Antônio Carlos Rossi Keller  

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Tempo pascal


 

O Tempo pascal

Cristo ressuscita naqueles que sabem partir o pão





         

           
           Páscoa é passagem para uma situação melhor, da morte para vida, do pecado para graça, da escravidão para liberdade, baseado não em nossas forças, mas na fé em Jesus Cristo. Páscoa se dá não só no rito da Liturgia; deve acontecer em cada instante da vida do homem em busca da terra prometida, da vida nova da felicidade. O Tempo Pascal acontece do Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes, por isso, cinquenta dias na presença do Ressuscitado nos preparando para receber o Espírito Santo prometido.
Nas leituras bíblicas, sobretudo nos Evangelhos do Tempo Pascal, percebemos que Jesus se dá a conhecer, que Ele ressuscita lá onde existe acolhimento, lá onde se presta serviço ao próximo. Podemos dizer que Cristo ressuscita lá onde se vive o novo mandamento do amor, da caridade. Primeiramente Jesus se dá a conhecer às mulheres que vão ao sepulcro para ungir com aromas o Seu Corpo. Jesus se dá a conhecer a Madalena, que vai em busca do Seu Corpo. O Senhor se manifesta a Pedro e a João que vão ao sepulcro. Jesus aparece à comunidade reunida no cenáculo. Tomé, que não está presente, não usufrui da presença do Senhor; tornando-se presente, no entanto, também O reconhece. 
O Evangelho mais significativo nesta linha é certamente o Evangelho dos discípulos de Emaús (Cf. Lc 24, 13-35), aos quais Cristo se dá a conhecer pela Sua Palavra e pela fração do pão (Eucaristia). Os quais, a Seu exemplo, acolhem os irmãos na caridade e compartilham com eles sua vida, constituem o Cristo ressuscitado entre os homens. Cristo ressuscita os que andam à procura; Cristo ressuscita os que vivem os acontecimentos à luz da Escritura; Cristo ressuscita nos que acolhem e nos que servem; Cristo ressuscita nos que sabem partir o pão. À medida que existir entre os homens a atitude hospitaleira, isto é, de serviço, a exemplo dos discípulos de Emaús, Cristo vai ressuscitando através da história dos homens.
É preciso, pois, a exemplo de Cristo, partir o pão e servir, ou seja, colocar-se a serviço do próximo, tornando-se pão e alimento para a vida do mundo. Eis o sentido atual do milagre da multiplicação dos pães.
Cristo está ressuscitando em sua vida?
Quando os discípulos O reconhecem na fração do pão, Ele desaparece. Não é mais necessidade de Cristo permanecer entre os homens de maneira corpórea, pois Ele continua presente de maneira sacramental nos Seus discípulos, na Sua Igreja, naqueles que vivem o serviço do amor, pois o novo mandamento tudo renova, faz reviver todas as coisas.
“Ide dirá Ele, vós sereis minhas testemunhas até os confins da terra”. Vós sereis meus continuadores no meio dos homens. Isso vem expresso no que segue: “Levantaram na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Eles, por sua vez, contaram o que havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão” (Cf. Lc 24, 33-35).
Pela caridade os cristãos se apresentam no mundo como chagas do Cristo ressuscitado, no qual o homem, a exemplo de Tomé, poderá perceber e apalpar o amor de Cristo e n'Ele crer; e, acreditando, tenha a vida eterna. Cada cristão é convidado para se tornar presença do Cristo ressuscitado entre os irmãos, de tal sorte que os homens reconheçam Sua face na caridade do irmão. 


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Missa dos Enfermos, união do fiel sofredor à Igreja

Em nossos dias, tão incertos e arriscados, as pessoas tendem a se isolar em suas casas, relacionando-se cada vez menos com parentes ou vizinhos.
Embora estejamos cercados de pessoas, quase todo mundo vive numa triste solidão... E tal situação torna- se especialmente dolorosa quando se é acometido por alguma moléstia, em muitos casos requerendo internação hospitalar demorada. Carece o doente, nessa emergência, de um pouco de alento, de uma palavra amiga. Praticar a caridade efetiva e afetiva em relação a esses irmãos, nessas condições, é obra decerto muito necessária e meritória.
 Motivados pela caridade, na tarde do dia 04/04 quarta-feira santa, foi celebrada uma missa para os enfermos na capelinha de São José, onde foi ministrada a unção dos enfermos. Graças a pessoas de boa vontade, que foram ate as casas acompanha-los, varios idosos e enfermos poderam ter a graça de participar do banquete Eucaristico.

  Com a sagrada unção dos enfermos e a oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado, para que ele os alivie e salve, e exorta-os a unirem-se livremente à paixão e morte de Cristo, e a contribuírem assim para o bem do Povo de Deus” (Lumen Gentium 11; Catecismo, 1499). A doença faz parte da vida, mas é sempre uma experiência dolorosa: ela nos enfraquece, baixa nosso moral e nos revela sempre de novo nossa impotência, nossos limites e a fragilidade de nossa vida. Em certo sentido, toda doença nos coloca diante da possibilidade e da realidade da morte. E há tantos modos de enfrentar a doença: pode-se vivê-la com amargura, com revolta, com espírito derrotista ou, pode-se vivê-la como uma ocasião de amadurecimento, de reflexão sobre a vida e, para um cristão, a doença pode aparecer como um modo de participar da paixão do Senhor em benefício de toda a Igreja e da humanidade.
Aqui entra o Sacramento da Unção: o óleo é símbolo da graça do Espírito Santo, Espírito de força e de consolação (ele é o Paráclito, Consolador). Este Espírito é o Espírito do Cristo morto e ressuscitado. Pois bem, ele dá ao enfermo a força e a graça de fazer de sua doença um modo de participar da paixão do Senhor. Assim, a Unção dos Enfermos é um sacramento que nos une à Páscoa do Senhor, como já dizia São Paulo: “Agora eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e completo na minha carne, o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24). “Cristo será engrandecido no meu corpo, pela vida ou pela morte. Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1,20s). “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 19b-20a). Desse modo, a doença é vivida pelo paciente com um sentido positivo, pascal, salvífico: um modo privilegiado de participar da paixão e cruz do Senhor, para com ele chegar à glória da ressurreição. Triste na vida não é sofrer, mas sofrer sem ver um sentido nesse sofrimento. O Sacramento da Unção dá um sentido cristológico, um sentido positivo à doença e à dor. A debilidade humana é, assim, transfigurada em Cristo, assumindo um aspecto de força na fraqueza e dando ao enfermo a tranqüila serenidade de quem sabe que seu calvário terminará na ressurreição. Ainda mais: o sacramento une o fiel sofredor à Igreja, já que ele completa em seu corpo o que faltou das tribulações de Cristo em benefício do seu corpo, que é a Igreja (cf. Cl 1,24).










terça-feira, 3 de abril de 2012

Missa dos Santos Óleos

Um dos momentos mais belos que antecedem a Semana Santa, a Missa dos Santos Óleos (Óleo dos enfermos, Óleo dos catecúmenos e Óleo do Santo Crisma) que serão usados nos sacramentos pelas paróquias da diocese durante todo o ano, levou à Catedral Santo Antonio em Campo Maior fieis e religiosas nesta terça-feira 03/04. O clero de toda a diocese se fez presente para a celebração presidida por Dom Eduardo Zielski. Em sua homilia destacou dois criterios encontrados no documento "Perfectae Caritatis" do Concílio Vaticano II para um processo de renovação eclesial: "retornar as fontes da vida cristã e adaptação as novas condiçoes dos tempos." 
Em sua reflexão apoiou-se no doc. 93 da CNBB "Diretrizes para Formação dos Presbiteros da Igreja no Brasil" e começa exortando "vamos tentar mais uma vez tomar consciencia da nossa identidade sacerdotal do padre diocesano. - Como membro do Povo de Deus, o presbítero é um batizado, mergulhado na comunidade divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo, filho de Deus-Pai, irmão e seguidor de Jesus Cristo e templo vivo do Espírito Santo.